80 anos de Mick Jagger: O dia em que o roqueiro escapou de ser assassinado 1g3w4
Uma tempestade impediu que o vocalista dos Rolling Stones sofresse uma vingança mortal h42c
“A boca é quase grande demais, mas ele é bonito e feio, feminino e masculino, um “sport”, um fenômeno raro”
Foi assim que o fotógrafo inglês de moda, retrato e guerra, definiu a estética de Mick Jagger depois de fotografá-lo fumando um cigarro.

Essa mistura, junto com uma energia fora do comum (nem sempre natural) somada a uma voz de tirar qualquer um do conforto, deu a Jagger o poder de atrair fanáticos por todo o planeta.
Um dos vocalistas mais populares e influentes da história do Rock’n Roll, não imaginava que um dia uma homenagem para honrar a morte de um fã, poderia provocar a ira de um motoclube com desejos sanguinários.
Em 2008 o jornal britânico “The Sunday Telegraph” trouxe a tona uma história que aconteceu em 1975 e que foi detalhada por um ex-agente do FBI.
Os Rolling Stones faziam um show no festival de Altamont, nos Estados Unidos em 1969.
Um jovem de 18 anos, Meredith Hunter, estava em êxtase em frente ao palco enquanto Jagger dava o show.
Na época, diziam que o festival de Altamont seria o novo “Woodstock.
No line-up estavam Santana, Jefferson Airplane, Crosby, Stills, Nash & Young, Grateful Dad e Rolling Stones.

Mas um erro da organização do evento transformaria o festival no funeral do movimento hippie. Seria o fim de paz, amor, música, sexo, drogas e rock’n roll.
Um palco pequeno montado num vale, espremia 300 mil pessoas pra ver o espetáculo.
Por conta disso, os organizadores chamaram o motoclube Hells Angels para isolar e proteger o palco. Na época, as bandas de rock costumavam chamar o grupo de motoqueiros para ajudar na segurança dos shows.
Durante o evento que servia cerveja de graça, os motoqueiros e a multidão ficaram bêbados e volta e meia uma confusão surgia.
Quando os Stones subiram no palco, “a atmosfera ficou lúgubre e sombria”. Assim relatou o guitarrista Keith Richards em sua autobiografia “Vida”.
Em alguns momentos do show, os Stones paravam de tocar pra que o grupo de motoqueiros pudesse conter a multidão.
Um registro em vídeo do show dos Rolling Stones no festival, veio a público no documentário “Gimme Shelter” depois de muito tempo.
Pelo vídeo, dá pra sacar que rolava um clima de tragédia. Confira:
Em uma dessas confusões estava o jovem Meredith Hunter. Segundo relatos da história, um dos integrantes do Hells Angels teria notado uma arma na mão de Meredith e o esfaqueou violentamente.
O jovem morreu ali, em frente ao palco. Outras três pessoas morreram pisoteadas na correria.

O caso mexeu muito com os integrantes da banda que, anos depois, imortalizaram o caso no documentário “Gimme Shelter”. A maneira como o motoclube foi tratado depois do assassinato provocou a fúria dos Hells Angels. A banda demitiu o grupo.
Numa entrevista a rádio BBC, o ex- agente especial do FBI Mark Young, disse que membros do motoclube lotaram um barco e zarparam para se vingar de Mick Jagger na casa de verão do roqueiro em The Hamptons, próximo a Nova York.
Segundo o relato, o grupo planejava chegar pelo mar, para que pudessem entrar na casa de Jagger pelo jardim de maneira a evitar que os seguranças o percebessem.
Mas os Hells Angels não esperavam que o cantor de “Sympathy For The Devil” tivesse anjo da guarda.
Durante a viagem o barco virou e todos os tripulantes caíram no mar. Todos sobreviveram, mas, não conseguiram chegar até o roqueiro. Segundo o ex-agente do FBI, não existem registros de outras tentativas depois dessa, mal sucedida.
Mick Jagger disse em 2008 que não acredita que os membros do Hells Angels quisessem mata-lo.
Segundo o roqueiro, as informações compartilhadas por Mark Young eram “completamente falsas” e disse que, caso houvesse uma ameaça real, o FBI teria alertado os Rolling Stones sobre o perigo.
Mark Young porém, disse que o FBI só soube da tentativa anos depois.