Comunicação Não Violenta: desfile cheio de representatividade em MS 2o203k
Toda a renda revertida no evento será para a Cufa (Central Única das Favelas), em Campo Grande 5s1g3h
Uma coleção de órios com um tema necessário. Assim será o desfile “Comunicação Não Violenta”, das consultoras Ariane Oshiro e Monique Melo, em parceria com a artesã Maria Celina Piazza Recena, designer da marca de órios Maria Karaguatá, nos dias 13 e 14 de agosto, às 19h, na Casa Angí, em Campo Grande.
O evento será ainda mais especial, pois uma das modelos é Letícia Polidori, coordenadora da Cufa (Central Única das Favelas), da capital de MS, organização que receberá os recursod do evento.

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“Fiquei super feliz com o convite (…) Sou uma mulher de 160 quilos que irá tirar esse desfile totalmente do padrão”, declara Letícia ao Primeira Página.
“Eu sou uma mulher preta, gorda e da periferia. Este tipo de convite mostra que estamos sendo vistas e torna referência para outras mulheres. Isso é muito importante para ocuparmos espaço em todos os lugares. Nós precisamos apoiar uma as outras”, completou.

No desfile, serão apresentados oito tipos de colares feitos com cerâmica e cordas com as seguintes palavras: compaixão, empatia, coragem, respeito, sororidade, consentimento, singularidade e enlutar.
“Eu sempre achei muito importante valorizar as pessoas e a sua própria beleza, sem a questão de padrões e rótulos”, explica Ariane, que trabalha há 10 anos com a comunicação não violenta.

“Segundo Marshall Rosenberg, o sistematizador da pesquisa e prática que é a CNV, os rótulos impedem a conexão humana. Nós julgamos o outro pelo comportamento, mas a nível de necessidade, todos os seres humanos se compreendem. Daí, eu também sempre dei muita importância para a palavra dita ou não dita. Por que os silêncios dizem muito, não é mesmo? E eu já amava os colares da Maria, daí eu quis juntar todas as coisas em um evento só”, enfatiza a consultora.
“Os órios trazem concretude às palavras e mostram o quanto podem ter significados diferentes para cada um que as lê. Este evento conversa de diversas formas, seja pelo empreendedorismo feminino, pelo resgate da beleza para além de padrões e rótulos, pelo corpo como forma de comunicação (no caso com os colares) e por nos permitir atender a necessidade de contribuição com o mundo através da parceria com a CUFA”, detalha, Monique Melo.
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A apresentação das peças será feita durante a tradicional feirinha da Casa Angí, localizada na rua Yolanda Giordano, 149 – Bairro Tayamã Park.
Além dos órios, também oferecerá alimentos, arte e produtos artesanais feitos por marcas locais, em um ambiente aberto e com música brasileira.