Ver o pôr do sol mudado pelo fogo é motivo de tristeza em Corumbá 3s5tp
Céu está acinzentado em razão da fumaça dos incêndios que ocorrem na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul; atleta registrou a mudança nas cores do pôr do sol 2v624p
Para quem está acostumado a contemplar o degradê entre o laranja, vermelho e amarelo do nascer e do pôr do sol em Corumbá, ver o céu cinza em razão das queimadas que ocorrem no Pantanal é motivo de tristeza. É o caso da campeã brasileira amadora de stand up paddle, Monica Salustiano Luchner.

Monica é paulista, mas mora na cidade, a 414 quilômetros de Campo Grande, há 17 anos e diz sentir orgulho em representar o município nas competições. Ela começa o dia cedo, saindo para treinar às 5h30 e tem o hábito de registrar o nascer ou o pôr do sol, mas recentemente ela só tem conseguido captar imagens de incêndio e fumaça.
“De manhã, não conseguia ver o rio, só neblina.”, diz.


A atleta conta que a casa dela, que fica próxima ao Rio Paraguai, está repleta de fuligem em razão das queimadas. “Atrapalha respirar, fica horrível. O olho arde muito, e preciso tomar o dobro de água”, conta. Ela também teve de fazer algumas adaptações nos horários dos treinos porque “a visibilidade é ruim, com muita neblina e queimada.”

Com toda essa neblina fica difícil ver cenas como uma onça-pintada deitada às margens do rio, privilégio que a atleta já teve durante um dos seus treinos, antes desse período crítico de queimadas. “É lindo, é outra vida. É totalmente diferente ver o amanhecer. Saio de noite e começo o dia com outra energia”, diz, enfatizando o privilégio que é ver o céu quando não há incêndio no Pantanal.
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“Todo dia é diferente. O pôr do sol é o mais lindo do mundo, por mais que todo dia a gente veja, cada dia a gente se encanta com o céu”, diz.
