Tuiuiú é resgatado por agentes após ser ferido com linha de pesca 641c50
Um tuiuiú foi resgatado por agentes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) com ferimentos causados por linha de pesca, nessa quinta-feira (21), em Barão de Melgaço, a 135 km de Cuiabá). Moradores da região informaram que a ave, que estava com dois filhotes, já estava ferida há quase dois meses. De acordo com eles, […] r3u3g
Um tuiuiú foi resgatado por agentes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) com ferimentos causados por linha de pesca, nessa quinta-feira (21), em Barão de Melgaço, a 135 km de Cuiabá). Moradores da região informaram que a ave, que estava com dois filhotes, já estava ferida há quase dois meses.
De acordo com eles, o tuiuiú era visto sempre muito estressado em uma região de pousadas por conta das inúmeras tentativas de captura que sofria de pessoas que avam pelo local.

Para conseguirem resgatar a ave, os agentes pediram que os moradores não intervissem por, pelo menos, cinco dias.
A orientação foi uma tentativa dos agentes de não utilizarem dardos tranquilizantes, já que o tuiuiú poderia se assustar e alçar voo para um local de difícil o, ficando exposto, inclusive, a riscos de morte. Com isso, os fiscais conseguiram fazer a captura para realizar os cuidados necessários.
Tuiuiú estava com pata machucada q6910
O animal recebeu atendimento veterinário e a linha de pesca que causou ferimento nas patas do tuiuiú foi retirada. Ele foi devolvido à natureza em segurança.
A Sema recomentou que, exceto em casos pontuais avaliados por órgãos ambientais, não a suplementação alimentar de animais silvestres não é indicada.
A intervenção humana pode causar transmissão de doenças e alterações de comportamento social intra e inter específico, que prejudicam a habilidade da fauna silvestre na busca e captura do seu alimento natural.

Equipe técnica do órgão que monitora o bioma e os pesquisadores consultados avaliam que a vegetação consegue, na maioria dos casos, suprir as necessidades básicas dos animais como refúgios e alimentação.
O parecer oficial da Secretaria é assinado por especialistas da Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Pantanal (Embrapa), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Tuiuiú 4j4l3m
Esta ave é encontrada desde a Região Norte até o Rio Grande do Sul, e também desde o México até o Paraguai, Uruguai e o norte da Argentina. Mas as maiores populações estão no pantanal brasileiro, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Todas as vezes que a figura de um tuiuiú é avistada, não tem jeito, a associação com o pantanal é imediata. Não é à toa, portanto, que ela é considerada a ave-símbolo daquela região brasileira e a maior ave da planície pantaneira. Aliás, o Brasil detém hoje mais de 50% de população mundial de tuiuiús.
O tuiuiú tem até 1,60 m de altura e 2,80 m de envergadura (medida de uma ponta da asa aberta à outra). Ele é mesmo cheio de superlativos. É a nossa maior ave que voa e tem grande importância ambiental. Como se alimenta também de pescado morto, ela ajuda a evitar a putrefação dos peixes que morrem por falta de oxigênio, sobretudo nas épocas de seca.
Não é só isso! O seu ninho, além de grande, é tão sólido ao final do período reprodutivo, que pode até sustentar uma pessoa adulta sobre ele. Claro que outras aves se aproveitam desta “excelência em construção” e usam o mesmo espaço para dar sustentação aos seus ninhos e se reproduzir. Este é o caso da cocota e do periquito-barroso (ou caturrita).
Na estampa física, o tuiuiú – conhecido também por jaburu, tuim-de-papo-vermelho, e cauauá – se caracteriza pelas penas brancas da cauda e asa, em contraste com o pescoço, cabeça, bico e pés negros. Detalhe para o papo vermelho, que mais parece um lenço aplicado à garganta.