Reserva Ecológica em MT se torna santuário da harpia 44313h

Com floresta preservada e chamados misteriosos, reserva atrai antas e a maior águia das Américas 3kxn

Em meio à vastidão preservada da Reserva Ecológica Cunhataiporã, em São José do Rio Claro, a 325 km de Cuiabá, um espetáculo raro da natureza se repete: a imponente harpia (Harpia harpyja), a maior ave de rapina do Brasil, tem aparecido com frequência no local, atraída pela floresta intacta e por um inusitado chamado de outra da sua espécie.

Com mais de 3 mil hectares de mata nativa, a reserva istrada pelo ex-empresário Iraceldo Luiz de César, o Gauchinho tornou-se um santuário para animais silvestres, incluindo antas resgatadas e, agora, as poderosas harpias.

Anta que vive na reserva. (Vídeo: Reprodução)

O encontro das águias gigantes 6k3r5

Tudo começou quando o Ibama/SEMA encaminhou uma harpia machucada para reabilitação na Cunhataiporã. Enquanto se recuperava em um recinto, a ave começou a vocalizar e, para surpresa de todos, outra harpia selvagem apareceu, atraída pelo som.

“Onde tem harpia, é sinal que o lugar está superpreservado”, explica Gauchinho, que monitora o comportamento das aves. “Ela está vindo com muita frequência agora, e já temos até poças d’água elevadas nas árvores para ajudar na hidratação dos animais durante a seca.”

Um santuário de vida selvagem 466123

A harpia, também conhecida como gavião-real, é um símbolo da saúde da floresta: necessita de grandes territórios preservados para caçar preguiças, macacos e aves de médio porte. Sua presença na reserva confirma o sucesso do trabalho de conservação feito no local.

Gauchinho, que abandonou a vida de empresário para se dedicar à natureza, já reintroduziu antas e agora prepara a harpia reabilitada para voltar à vida livre. Além disso, ele planeja criar a primeira trilha do Mato Grosso adaptada para deficientes visuais, em parceria com universidades.

“Aqui a gente não pensa em lucro, e sim em preservar e educar”, diz. “Quero que pesquisadores e estudantes venham conhecer essa biodiversidade.”

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