Queimadas: professor da UFMT diz que Pantanal pode desaparecer até o fim do século 2574u

Paulo Teixeira é um dos responsáveis pela realização do 5º Congresso Brasileiro de Áreas Úmidas 2r5x4j

O diretor do INPP (Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal), professor-doutor da UFMT e um dos responsáveis pela realização do 5º Congresso Brasileiro de Áreas Úmidas, Paulo Teixeira, alertou para a possibilidade de que o Pantanal desapareça até o fim deste século devido ao grande número de queimadas. A declaração foi feita ao programa Primeira Página, da Centro América FM, nesta quarta-feira (9).

Paulo teixeira UFMT
Professor Paulo Teixeira (Foto: Fagner Alexandre)

“Dados científicos apontam que podemos perder o Pantanal até o final deste século se continuarmos neste ritmo. Esses incêndios são casos de polícia. Evidentemente, quando a gente tem um clima muito seco, a vegetação seca também e a incidência de raios faz com que ocorram incêndios. Mas não é o que está acontecendo. Então, é caso de polícia. As consequências são drásticas. Você reduz as pastagens dos animais. O Pantanal é caracterizado pela pecuária extensiva e existe um movimento querendo intensivar esta pecuária, o que não é positivo”, afirmou.

O Congresso tem grande relevância neste período crítico em que o Pantanal e outras áreas úmidas estão com a integridade ameaçada em função dos incêndios e das mudanças climáticas.

O Destino das Áreas Úmidas no Antropoceno: Impactos Humanos em Tempos de Crise Climática, é o tema principal do 5º Congresso Brasileiro de Áreas Úmidas promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal-INPP, em parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas-INCT/INAU e o Centro de Pesquisa Pantanal- P.

Foto corpo de bombeiros
Combate a incêndio no Pantanal em MT. Foto: Christiano Antonucci – Secom-MT

O evento será realizado entre 16 e 18 de outubro, no Campus da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), com a presença da comunidade científica, tomadores de decisão, estudantes, profissionais do meio ambiente, representantes comunitários e organizações não governamentais.

Serão realizadas palestras, videoconferências, apresentação de pôsteres, oficinas, mesas redondas e outras atividades. Serão abordados os desafios e impactos das atividades humanas sobre as Áreas Úmidas em um contexto de mudanças climáticas aceleradas, além de tratar sobre as estratégias e soluções para mitigar os impactos, promovendo a sustentabilidade e a resiliência dos ecossistemas vitais.

O Diretor do INPP, Paulo Teixeira de Sousa Jr., destaca que será lançado o ebook Inventário das Áreas Úmidas brasileiras: Distribuição, ecologia, manejo, ameaças e lacunas de conhecimento. A obra é fruto do trabalho de 95 pesquisadores de diversas regiões do Brasil, reúne uma ampla classificação e mapeamento dessas áreas, com informações sobre sua ecologia, ameaças e os desafios para seu manejo.

O Coordenador da Comissão Científica do Congresso é o professor e Dr. Pierre Girard, responsável pelas temáticas de palestras e mesas redondas com conteúdos relacionados ao inventário. Ele é um dos coordenadores do e-book que oferece um conhecimento essencial para pesquisadores, gestores e tomadores de decisão. O congresso será marco importante de debates.

AUs – são consideradas áreas úmidas toda a extensão de pântanos, rios, charcos, turfas, várzeas, manguezais e pantanais. As Áreas Úmidas são ecossistemas de alta relevância ecológica fundamentais para a manutenção dos estoques de água do mundo, o equilíbrio climático e provedoras de serviços ambientais indispensáveis para a produção de alimentos.

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Comentários (1) 3kf3p

  • Ivo FRANCISCO de Figueiredo

    Esses professores da U.F.M.T.são todos teóricos ,parece que acreditam em papai Noel a bela adormecida

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