Incêndios no Pantanal trazem chuva ácida a MS nos próximos dias p3414
Apesar do alívio na secura, essa será a primeira chuva significativa em mais de três meses na região e, por isso, pode vir ácida 21q2y
Depois de dias extremamente quentes e secos, a meteorologia prevê uma mudança radical no tempo em Mato Grosso do Sul: frio de até 4°C e a volta da tão esperada chuva ao estado. Mas, junto com ela, vem também “acidez” deixa no ar devido longo período de seca.

A frente fria que vai provocar a mudança chega no estado nesta quarta-feira (7), mas é na quinta-feira (8) que ela se espalha de vez e causa chuva intensa no sul e no sudoeste, garoa em Campo Grande e cerca de 20 mm de acumulo de água na região de Miranda e Corumbá, justamente onde os incêndios mais castigam a população.
Apesar do alívio na secura, essa será a primeira chuva significativa em mais de três meses na região e, por isso, pode vir ácida.
O fenômeno, aqui em Mato Grosso do Sul, está diretamente ligado aos incêndios do Pantanal. É o que explica o meteorologista Vinicius Banda Sperling, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).
“A chuva ácida pode ter vários componentes químicos nela, oriundos de gases, de queimas de combustíveis fósseis, de veículos, por exemplo. Aqui no nosso caso o problema são as queimadas. Então a gente tem essas partículas de poluição, devido aos incêndios e isso reage com oxigênio nas partículas de formação da chuva e esse ácido então é transportado para o solo através da chuva”.
A chuva ácida é considerada um grande problema, especialmente, ambiental. Já que pode ocorrer contaminação do solo, dos cursos d’água, prejudicar o desenvolvimento da vegetação e até o rompimento das folhas das árvores.
“Além também das partículas geradas pelos incêndios, a gente também tem muitas partículas de sujeira, poeira. São muitos dias consecutivos sem chuva, a região norte do estado está entre três a quatro meses sem chuvas, região pantaneira mais ou menos mais de três meses sem chuvas, então todas essas regiões que estão há muito tempo sem chuva, também reage com as partículas de poeira suspensa na atmosfera. Poeira, fumaça, tudo que está suspenso devido a esse grande tempo sem limpar a atmosfera. Então sim, pode ocorrer sim essa chuva ácida, que é em função de incêndios florestais”.
Chuva em Campo Grande 242y4d
Apesar de haver previsão de chuva para a capital, ainda não se sabe a quantidade de água que vai cair na cidade.
Segundo os dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a última chuva acima dos 10 mm registrada em Campo Grande aconteceu no dia 24 de maio. Junho não teve nenhuma pancada significante e em julho os valores foram tão baixos, que não fizeram diferença para limpar a atmosfera.