Pesquisa da UFMT aponta presença de antidepressivos e antiepiléticos no Rio Coxipó 4tw6p

Estudo diz que a água tem baixo índice de segurança hídrica. h1b1p

Pesquisa da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) apontou a presença de remédios como antidepressivos, antiepiléticos e analgésicos no Rio Coxipó, que abastece aproximadamente 30% da população de Cuiabá. Estudo diz que a água tem baixo índice de segurança hídrica.

Rio Coxipó
Trecho do Rio Coxipó, em Cuiabá. (Foto: Rafael Manzutti/Sinfra MT)

O levantamento foi apresentado na segunda-feira (7) em audiência pública na Câmara Municipal da Capital.

Na captação do Tijucal do rio foram encontradas substâncias como analgésicos, psicoestimulantes, antidepressivos e antiepiléticos. A pesquisa encontrou também uma cianobactéria tóxica (Planktothrix agardii) na área urbana do rio 18 vezes acima do padrão da legislação na época de seca.

Os pesquisadores também apontaram os efeitos do desmatamento na qualidade da água: o solo fica desprotegido, causando assoreamento, com formação de bancos de areia. Em médio e longo prazos, o rio perde infiltração – sem a vegetação no entorno para conservar a bacia hidrográfica, as águas vão escoar direto para o mar, explica o biólogo Abílio de Moraes, de 37 anos.

Moraes diz que a água do rio em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, é limpa e com qualidade, mas que vai se degradando ao ar pela zona urbana por causa de material orgânico e outros resíduos – entre eles os remédios, considerados “contaminantes emergentes”.  

Para reverter a situação, a pesquisa sugere, entre outras coisas, a universalização da coleta e tratamento de esgotos; a recuperação das APP (Áreas de Preservação Permanente) degradadas; e a identificação e proteção das áreas úmidas e das Zonas de Recargas de Aquíferos.

Outro lado 1o5c4

A Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), por meio da Coordenadoria de Monitoramento de Água e Ar, afirma que o cenário pode ser melhorado com o avanço do saneamento básico na zona urbana. A pasta diz também que não há limites para a quantidade de remédios presentes na água porque não há legislação específica sobre o tema no Brasil.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável informou, por meio de nota, que os trabalhos de fiscalização são desencadeados em parceria com a Secretaria Municipal de Ordem Pública, por meio do recebimento de denúncias, a fim de identificar os infratores e puni-los, conforme a legislação municipal vigente.

Além disso, diz que a concessionária Águas Cuiabá, responsável pelo abastecimento de água na capital e saneamento básico, firmou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual (MPE), ao qual estabelece o prazo até 2024 para implantação das interligações subterrâneas no sistema de coleta de efluentes no território municipal, extinguindo o lançamento dos desejos em rios, ofertando todo o tratamento adequado;

As secretarias orientam a população que ao presenciar os episódios, basta entrar em contato pelo Disque-denúncia Sorp: (65) 3616-9614- de segunda-feira à sexta-feira, das 8h às 18h.

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