Pesquisa aponta que 31% da Amazônia de MT é explorada ilegalmente 6s18z
Ao todo, segundo o levantamento divulgado pela Rede Simex na COP 28, 396 mil hectares da Amazônia [bioma] foram explorados para a extração de madeira 445l1v
Mais de 100 mil hectares do bioma Amazônia foram explorados ilegalmente para extração de madeira, entre agosto de 2021 e julho de 2022. Desses, cerca de 31% de área desmatada está situada em Mato Grosso.
Os dados são do “Mapeamento da exploração madeireira na Amazônia” lançado pela Rede Simex nesta sexta-feira (8) na COP-28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) nos Emirados Árabes Unidos, em Dubai.

(Foto: BPMPA-MT)
O valor da área explorada ilegalmente em Mato Grosso, equivale ao tamanho da Itália. Já quando falamos sobre o bioma Amazônico afetado, a porcentagem é de 27% do total mapeado, uma área equivalente a 100 mil campos de futebol. O levantamento foi compartilhado nesta sexta-feira (8).
Em entrevista ao ICV (Instituto Centro de Vida), que cobre o evento junto com o Primeira Página, o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) Rodrigo Agostinho, destacou a importância do estudo para o combate à exploração ilegal de madeira, considerado um dos principais fatores de degradação florestal no Brasil.
Segundo o presidente, o instituto está fiscalizando os planos de manejo e fiscalizando com a Operação Metaverso a extração ilegal e fraudes no próprio sistema do Ibama.

“Esse ano a gente [Ibama] já retirou do nosso sistema 100 mil caminhões de madeira e um trabalho como esse sinaliza pra nós aonde que precisamos trabalhar mais e quais são as estratégias necessárias para que de fato a gente tenha sucesso. Parabéns aos pesquisadores que trabalharam nessa inciativa”, destacou Rodrigo.
Exploração da Amazônia 39g45
Ao todo, segundo o levantamento, 396 mil hectares da Amazônia [bioma] foram explorados para a extração de madeira no período analisado pela Rede Simex. Desse total, 288.139 hectares (73%) foram autorizados pelos órgãos ambientais, enquanto 106.477 hectares (27%) foram explorados de forma ilegal.
De acordo com o estudo, considerando o total explorado, autorizado ou não, Mato Grosso respondeu por 65,8%, seguido pelo estado do Amazonas com 12,8%, Pará com 9,8%, Acre com 6,5%, Rondônia com 4,7% e Roraima com menos de 1%. (Clique aqui para vis
“Comparando com o período anterior, foram verificados aumentos nas áreas exploradas nos estados do Acre (135,8%), Amazonas (236,9%), Rondônia (13,9%) e Roraima (32,8%). E reduções nos estados do Pará (32,5%) e Mato Grosso (6,3%)”, diz o texto da cartilha.
Já o ranking da ilegalidade tem o Pará (46%) na liderança, seguindo por Mato Grosso (31%), Roraima (29%), Rondônia (19%), Amazonas (9%) e Acre (2%). (Clique aqui para ver o infográfico completo)
Somente o município de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, no noroeste mato-grossense, foi mais de 12 mil hectares de exploração madeireira ilegal.
A análise da rede Simex foi feita a partir do cruzamento entre a exploração madeireira mapeada e os dados das autorizações emitidas. No documento, o grupo reconhece uma “lenta melhora” no o a esses dados.
Nos estados do Amazonas e Roraima, as informações foram obtidas por meio de dados do Sinaflor (Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais), disponibilizados na plataforma do Siscom (Sistema Compartilhado de Informações Ambientais).