Jacarés são transportados de baías para evitar canibalismo no Pantanal de MT 1823n

Diante da seca que atinge o Pantanal mato-grossense, jacarés que sobrevivem têm se alimentado dos que não resistiram. Para evitar o canibalismo, agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e voluntários de ONGs que atuam no Pantanal mato-grossense estão transportando jacarés de […] g4c1a

Diante da seca que atinge o Pantanal mato-grossense, jacarés que sobrevivem têm se alimentado dos que não resistiram. Para evitar o canibalismo, agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e voluntários de ONGs que atuam no Pantanal mato-grossense estão transportando jacarés de uma lagoa para outra.

Eles também trabalham para encher baías com o uso de dois caminhões-pipa.

“Os animais estão em situação de canibalismo. Os jacarés que ainda têm vida estão se alimentando dos que morreram”, alertou a coordenadora de comunicação e operações institucionais da ONG Ecotropica, Carla Braganholo.

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Sem chuvas, alimentos dos jacarés ficaram escassos no Pantanal — Foto: Divulgação/Ecotropica

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O trabalho começou no domingo (19), conforme o servidor do Ibama, Bruno Campos. “Nós tiramos os animais da Ponte 03, por conta da pouca quantidade de água, e depois da análise da qualidade da água percebemos que os parâmetros estão muito ruins”, destacou o servidor.

Ele conta que durante cinco dias seguidos, duas vezes ao dia, jogaram água com caminhões-pipa contendo 15 mil litros de água, mas a ação não teve o resultado esperado. “Não fez diferença nenhuma porque a quantidade de água que evapora é maior do que a gente consegue repor”, contou.

O servidor contou que o canibalismo é um processo natural do jacaré, mas que a situação dos animais do Pantanal piorou depois das secas de 2020 e 2021, somadas com as queimadas e a estiagem no Pantanal. “As enchentes são fundamentais no Pantanal porque é a entrada de peixe nas regiões alagadas. Eles não tiveram a quantidade de comida necessária” afirmou.

Bruno explicou que o grupo de trabalho não está transportando todos os jacarés, somente os animais que estão debilitados.

“Estão sendo levados para cerca de 15 quilômetros do ponto que eles estão atualmente. Ali mesmo no Pantanal, tem o Rio Clarinho, Rio Pixaim, alguns corixos (corpos d’água). No ponto, tem mais de 500 jacarés, mas serão levados entre 100 e 200”, explicou.

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