Fogo na floresta: 3,7 milhões de hectares são queimados na Amazônia Legal, mostra Nasa 372k4h
Cerrado e Amazônia são principais focos de incêndio no país, foram 3,7 milhões de hectares queimados nos estados que fazem parte da Amazônia Legal. Somente em Mato Grosso, o fogo atingiu 1 milhão de hectares.

Os dados são do ICV ( Instituto Centro de Vida) com base em dados do GFED/Nasa (Global Fire Emission Database). A área é equivalente a 25 vezes o município de São Paulo, ou quase duas vezes o estado de Sergipe.
O ano mudou, mas os dados de incêndio não, segundo o ICV, o fogo segue o mesmo patamar do ano de 2021 para essa época do ano. A ONG destaca que mais da metade do fogo iniciou depois do período proibitivo em âmbito nacional, ou seja, após 23 de junho.
Segundo o instituto, Mato Grosso já teve 1 milhão de hectares atingidos pelo fogo em 2022, até 7 de agosto, respondendo assim por 28% do total queimado na Amazônia Legal nesse ano. Comparando com o mesmo período do ano ado foi registrado um aumento de 6% nas áreas afetadas pelo fogo.
Um dos exemplos é uma área próxima a região do Manso que está queimando há seis dias.
O coordenador de inteligência territorial do ICV, Vinicius Silgueiro, o fogo está em toda a Amazônia Legal. “Esse ano nós tivemos aproximadamente 3,7 milhões de hectares atingidos pelo fogo. Mato Grosso também lidera entre os estados, é sendo responsável por 28%, em torno de 1 milhão de hectares já atingidos pelo fogo neste ano”.
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Cadastro Ambiental Rural k341f
A categoria fundiária com maior incidência de áreas atingidas pelo fogo foi a de imóveis rurais inscritos no CAR (Cadastro Ambiental Rural), responsável por 59% da área queimada (607.235 hectares), seguido pelas terras indígenas (230.581 hectares – 22%) e áreas não cadastradas (100.054 hectares – 10%).
Já com relação aos biomas, 60% dessas ocorrências (618.619 ha) se concentraram no bioma Amazônia, seguida do Cerrado com 39% (404.333 ha) e do Pantanal com 1% (6.082 ha).
O especialista destaca que o estado já tem as informações dos proprietários de áreas cadastradas no CAR. “Desses ocupantes dessas áreas onde foi usado o fogo de forma criminosa e é fundamental que o estado siga aumentando as suas ações de fiscalização ao mesmo tempo, também que as ações de combate possam prover uma resposta rápida e os impactos sejam menores do fogo”, conclui.
Terras indígenas 2c4t5z
Entre as terras indígenas, a maior área afetada por incêndios foi a TI Paresi, com 61,7 mil hectares queimados. Essa terra indígena, juntamente com a TI Parabubure (39,4 mil hectares) e TI Parque do Xingu (28,7 mil hectares) responderam por 56% do total afetado pelo fogo em TIs em Mato Grosso nesse ano.
Com relação as unidades de conservação de proteção integral e domínio público, foram queimados 5.664 hectares, o que representa 1% do total atingido pelo fogo em Mato Grosso em 2022. A situação mais grave é a da Estação Ecológica do Rio Roosevelt, localizada em Colniza, onde 1.031 hectares foram queimados.

Pressão na Resex 6h6f3q
Os dados divulgados pelo ICV mostram uma pressão sobre as unidades de conservação de uso sustentável, grande pressão sofre a Resex Guariba/Roosevelt, que teve 5.130 hectares queimados. Essa área lidera entre as unidades de conservação de uso sustentável mais afetadas e é seguida pela APA de Chapada dos Guimarães, onde 1.848 hectares foram atingidos pelo fogo.
Municípios 1oa25
Em relação aos municípios, Feliz Natal (4.835 hectares), Nova Maringá (4.694 hectares), Juara (3.601 hectares), Nova Ubiratã (3.419 hectares) e Confresa (3.166 hectares), respondem juntos por 29% das áreas queimadas mediantes autorização no estado.
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