Fiscalização remota é responsável por 35% das multas ambientais em MT a4r6n
No total, foram atendidos 7.801 alertas de desmatamento, que somam R$1,5 bilhão em multas. c4y3r
Em Mato Grosso, 35,49% das multas ambientais aplicadas em 2022 tiveram como base a fiscalização remota do desmatamento por meio da Plataforma de Monitoramento da Cobertura Vegetal. No total, foram atendidos 7.801 alertas de desmatamento, que somam R$1,5 bilhão em multas.

Os alertas permitem detectar desmates a partir de um hectare e acompanhar a alteração da cobertura vegetal. Por meio desse monitoramento é possível que a Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) atue preventivamente, identificando os desmatamentos que estão no início e, assim, impedindo o avanço do dano ambiental.
Ao identificar o início do desmatamento, o sistema cruza dados com as autorizações e, caso seja um desmatem ilegal, envia e-mail aos proprietários cadastrados avisando sobre o alerta de desmatamento. Se o desmatamento ilegal não for impedido, a fiscalização irá in loco realizar a abordagem. A operação em campo é intensificada também em áreas públicas, onde não há proprietário cadastrado.
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As informações são compartilhadas com diversos órgãos que atuam em conjunto contra crimes ambientais, em especial na prevenção e combate ao desmatamento ilegal e incêndios, entre eles o Batalhão de Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros Militar, Ministério Público, Delegacia Especializada do Meio Ambiente e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos).
“Temos uma foto do antes e uma do depois, comprovando o desmatamento. A expectativa é que os autos de infração aplicados nesses últimos anos possam gerar um aumento da arrecadação, pois dificilmente serão questionados”, avalia o secretário de Meio Ambiente em exercício, Alex Marega.

Mato Grosso recebe recursos internacionais como pagamento por resultado na redução da emissão de gases do efeito estufa e valorização da floresta, por meio do Programa REM MT (Programa REDD+ For Early Movers).
Com recursos do programa, foram investidos cerca de R$ 6 milhões ao ano, desde 2019, para a implantação da ferramenta que monitora os desmatamentos.