Em MT, 100 cidades não têm unidades fixas do Corpo de Bombeiros 67g2c
Dados mostram que aumentou em 23% o número de focos de calor no Estado neste ano 5f67u
Apenas 41 municípios de Mato Grosso, dos 141 existentes, têm unidades permanentes do Corpo de Bombeiros, segundo mapeamento das brigadas de incêndio no estado feito pelo ICV (Instituto Centro de Vida).

O número de focos de calor no estado de 1º de janeiro a 30 de junho aumentou em 23% se comparado ao mesmo período do ano anterior, conforme dados do Monitor de Queimadas do ICV.
As queimadas no Pantanal em 2020 marcaram o pior cenário de ocorrência de incêndios florestais em Mato Grosso, desde 2007. Porém, especialistas preveem que o período crítico está longe do fim.
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Ainda assim, 100 municípios do estado não têm unidades permanentes do Corpo de Bombeiros. Como é o caso de Feliz Natal, a 538 km de Cuiabá, que registrou 460 focos de calor, e Nova Ubiratã, a 503 km da capital que teve 447.
Os dois foram os municípios com os maiores números de focos de calor, de janeiro deste ano até o momento, sendo responsáveis por 13% dos casos em Mato Grosso. Mas, contam apenas com brigadas temporárias, que tentam contornar o problema dos incêndios florestais durante o período da seca.

Mapeamento de brigadas 3t4r12
O ICV lançou neste mês a 2ª edição do Mapeamento das Brigadas, que podem ser municipais, estaduais, federais, comunitárias ou particulares, mas todas com a mesma missão: a prevenção e o combate ao fogo no estado.
O levantamento mostrou que aram de 11 para 29 as BEMs (Brigadas Estaduais Mistas) do Corpo de Bombeiros. Porém, diminuíram as BDBMs (Bases Descentralizadas de Bombeiro Militar) de 22 para 8. Tanto as BEMs quanto as BDBMs são brigadas consideradas temporárias.
Em números gerais do Corpo de Bombeiros, considerando tanto os instrumentos de respostas temporárias quanto os permanentes, o levantamento observou o aumento de 78 para 85, o que mostra uma melhor estruturação, no entendimento dos especialistas.
As brigadas vinculadas ao Governo Federal também diminuíram. As ligadas ao ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), por exemplo, aram de seis para quatro unidades.

Já as do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), caíram de 14 para 12. Uma brigada indígena foi cancelada e outra deixou de ser da categoria pronto emprego e os brigadistas foram incorporados na brigada tradicional da Terra Indígena Bakairi. Destas, duas brigadas estão em assentamentos da reforma agrária e outras 10 em Terras Indígenas.
O destaque é para o levantamento de mais brigadas comunitárias nesse ano, que ou de 11 para 21. Das 10 novas brigadas mapeadas, cinco delas foram implementadas no Pantanal com o apoio do ICV.
O levantamento não identificou novas brigadas particulares, que se mantiveram em cinco unidades, que foram mapeadas em 2021.