Do veneno à cura: sapo cururu do Pantanal revela substâncias com potencial contra o câncer 1f6z6b
Além das plantas medicinais usadas há gerações por pantaneiros, cientistas descobrem no veneno do sapo cururu 29 substâncias com potencial anticâncer 3f503k
Quem vê o sapo cururu pulando pelos alagados do Pantanal dificilmente imagina que ele possa guardar um tesouro medicinal. Mas guarda. Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) identificaram 29 substâncias com potencial contra o câncer em seu veneno – algumas, segundo os estudos iniciais, mais eficazes que medicamentos já utilizados em tratamentos. “O primeiro o está dado”, afirma o professor Paulo Teixeira, doutor em Química.

Enquanto a ciência avança, os moradores do Pantanal seguem confiando em um outro tipo de saber: o tradicional. Em Poconé, Dona Maria, uma pantaneira de mãos sábias, mostra que muitos dos remédios estão bem ali, no meio do mato. Com conhecimento herdado de gerações, ela utiliza plantas como o angelim e o cedro rosa para tratar desde febre até diabetes e gastrite.
“Tudo do mato!”, diz ela, enquanto ensina como preparar os chás. Alguns com água quente, outros com água fria — cada um com seu segredo. E agora, esse conhecimento popular ganha validação científica: pesquisas da UFMT já comprovaram que o cedro rosa ajuda a controlar o açúcar no sangue e a reduzir os triglicerídeos. Já o angelim, também chamado de maleiteira, melhora a ação da insulina, sendo uma esperança no combate ao diabetes.
“É impressionante como o conhecimento tradicional já faz tudo corretamente”, explica a bióloga Isanete Bieski. Segundo ela, os pantaneiros sabem usar corretamente até plantas que poderiam ser tóxicas se preparadas de forma inadequada.
O Pantanal, com sua biodiversidade exuberante, se revela um verdadeiro laboratório a céu aberto. Seja nas mãos de Dona Maria ou no microscópio dos cientistas, esse território segue oferecendo respostas — e esperança.

O laboratório confirma a sabedoria popular 223e6z
Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estudam essas plantas e já descobriram que o cedro rosa ajuda a controlar o açúcar no sangue e reduz triglicerídeos. Já o angelim (ou maleiteira) melhora a ação da insulina no organismo, sendo uma esperança no combate ao diabetes.
“É impressionante como o conhecimento tradicional já faz tudo corretamente”, explica a bióloga Isanete Bieski. Algumas plantas, se preparadas de forma errada, podem até ser tóxicas – mas os pantaneiros já sabem exatamente como usá-las.
O Pantanal, com sua biodiversidade única, continua surpreendendo. Enquanto dona Maria colhe suas plantas com cuidado, cientistas buscam respostas para perguntas que a tradição já parecia saber. E você, já pensou em dar uma chance aos chás da vovó?