Devastação do fogo no Pantanal já supera tragédia de 2020 6n17b
Área devastada representa quatro vezes a cidade de São Paulo u2z22
O Pantanal está pegando fogo e as chamas já superam o desastre ambiental de 2020, quando as cenas tristes da vegetação devastada e dos animais mortos ganharam o mundo. Até então, a temporada de queimadas de quatro anos atrás havia sido a pior da história documentada.
Neste ano, as imagens desoladoras se repetem, com danos à natureza e também materiais, como mostra o vídeo abaixo, das chamas avançando sobre uma ponte.
Dados disponibilizados pelo Programa de BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) revelam a superação desse recorde. Nos primeiros seis meses de 2024, o número de focos é 8% que o mesmo intervalo de tempo de 2020.
Para a comparação, o período usado é entre 1º de janeiro e 19 de junho dos dois anos.
O Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro) já registrou mais de 517 mil hectares consumidos pelo fogo em todo Pantanal neste ano.

Um indicativo do tamanho da devastação é o comparativo entre a amplitude da destruição no Pantanal e o território da maior metrópole do país, São Paulo (SP). A área castigada pelo fogo equivale a 4 vezes o tamanho de São Paulo.
Se considerada a série histórica do Inpe, o número de pontos incendiados na planície pantaneira no mês de junho de 2024 configura o recorde para este mês. Desde dia primeiro, foram 2571 focos de incêndios contabilizados em todo o bioma, que compreende territórios em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso.
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O Brasil lidera o número de focos de incêndio na América do Sul, atestam os levantamentos do Inpe. A explosão dos incêndios no Pantanal levou à liderança do país no ranking de queimadas, neste mês de junho.
Do dia 1º a 19 de junho, o aumento dos focos de incêndio no Pantanal é de 2951% no Pantanal, em relação ao período idêntico de 2023.
O Pantanal é o bioma com maior crescimento percentual de queimadas em junho deste ano.
Confira abaixo os dados dos outros biomas:
- Pampa: – 45%;
- Mata Atlântica: 93%;
- Cerrado: 23%;
- Caatinga: 38%;
- Amazônia: 11%.