Desnutrição e doenças respiratórias causam mortes de indígenas em MT, diz denúncia 3wd1l

Bebê, gestante e jovem morreram em Terra Indígena no nordeste do estado; organização denuncia abandono e cobra ações urgentes da Funai e da Sesai 1h32q

A morte de um bebê de um ano, uma gestante e uma jovem na Terra Indígena Marãiwatsédé, no nordeste de Mato Grosso, acendeu um alerta sobre a situação de saúde entre o povo Xavante. As causas das mortes, desnutrição e doenças respiratórias são consideradas evitáveis, segundo a organização Operação Amazônia Nativa (OPAN), que acompanha a realidade local.

O Primeira Página tentou contato com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), mas as organizações não se pronunciaram sobre os casos até a última atualização desta reportagem.

TI MT
Mortes em Terra Indígena Marãiwatsédé acendem alerta – Foto: OPAN

Além dos óbitos, há casos frequentes de desnutrição infantil, pneumonia e tuberculose em várias aldeias do território, onde vivem aproximadamente 1.160 pessoas, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em carta enviada na última sexta-feira (16) à Funai e à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), a OPAN denuncia a ausência de um coordenador no DSEI Xavante, responsável pelo atendimento na região, e a paralisação dos veículos da Sesai, que estão quebrados. Com isso, as equipes de saúde estão impossibilitadas de visitar as 21 aldeias da terra indígena.

Segundo a nota, a falta de transporte está diretamente ligada ao atraso nos atendimentos e no agravamento dos quadros clínicos, especialmente entre crianças e gestantes.

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As três mortes citadas ocorreram em um curto intervalo de tempo:

  • Bebê de 1 ano, vítima de desnutrição severa
  • Gestante, com síndrome respiratória aguda
  • Jovem, com apêndice supurado e falta de atendimento emergencial

A OPAN alerta que, sem intervenções imediatas, outros óbitos podem ocorrer. A organização pede presença direta dos órgãos responsáveis e diálogo com os agentes de saúde indígenas, familiares e profissionais para construção de um diagnóstico preciso.

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A Terra Indígena Marãiwatsédé é uma das nove do povo Xavante. Em 1966, os indígenas foram retirados à força do território, só conseguindo retornar em 2004 — e apenas em 2013 os posseiros foram removidos oficialmente.

Durante o período de ocupação irregular, cerca de 70% da vegetação nativa foi desmatada, afetando diretamente o o a alimentos tradicionais e, consequentemente, a segurança alimentar da população.

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