COP 28: como MT pode ajudar na mudança climática mundial? 36572c

O Primeira Página e o ICV (Instituto Centro de Vida) conversaram com Vinicius Silgueiro, que atua na área ambiental há 15 anos e falou sobre alguns assuntos que estão sendo abordados na COP 28 6x1a4t

Enquanto 2023 caminha para ser o ano mais quente da história, conforme relatório do C3S (Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus), da União Europeia, nesta ocorre a COP 28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), nos Emirados Árabes Unidos, em Dubai.

O evento aborda o cenário atual em busca de estratégias para controlar o clima. Embora o calor no Brasil este ano também tenha sido por influência do El Niño, pesquisadores apontam que a temperatura média global dos meses de janeiro e setembro ficou 0,52ºC acima da média normal.

Para saber mais sobre o que está rolando na conferência, o Primeira Página e o ICV (Instituto Centro de Vida) conversaram com Vinicius Silgueiro, que atua na área ambiental há 15 anos, e nos últimos 13 anos faz parte do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV. (Confira a entrevista completa abaixo).

Essa é a primeira participação do especialista na conferência climática, que segundo ele vem cheia de muita expectativa e também preocupação, já que as projeções não são positivas.

“O cenário não é favorável, já que esse ano vivemos o ano mais quente registrado na história. A gente está vivenciando esse momento de pensar em como vamos alcançar a meta para manter o clima sob controle”, revela.

Vinicius ressaltou a grandiosidade e diversidade da COP 28, que reúne desde representantes de comunidades tradicionais até personalidades e empresas de renome.

“Já tinha ido em outros eventos grandes mas não tão grande quanto este, e também não com toda a diversidade que ele tem. Nós vemos aqui que todas as ações humanas se relacionam com o clima. Aqui estão todos os setores reunidos: transporte, energia, alimentação, e obviamente todos os recursos naturais que influenciam no clima”, conta.

O coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV destacou ainda a responsabilidade de Mato Grosso nesta luta, inclusive na busca pela conservação e, consequentemente, pela redução do desmatamento.

“Mato Grosso, a gente entende como um grande laboratório, porque o que acontece em relação à cobertura do solo no estado a gente vê acontecendo em outras regiões da Amazônia Legal. É o estado que responde por 10% da produção de soja global, e tem uma responsabilidade também enorme na cadeia produtiva da carne e ao mesmo tempo é o estado que tem mais de 40 povos indígenas, tem unidades de conservação, uma sociobiodiversidade enorme, e três biomas (Amazônia, Cerrado e Pantanal). Então, é um estado muito grandioso de fato e essa grandiosidade traz grandes responsabilidades”, afirma Vinicius.

Conforme compartilhado por André Lima, Secretário Extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), que também está na COP 28, Mato Grosso registrou um aumento de 8% na taxa de desmatamento no Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite).

“Justamente por essa trajetória, esse histórico de uso e cobertura do solo, Mato Grosso é um estado que tem uma referência, ao mesmo tempo, tem seus desafios, tem que olhar pra frente, aquilo que já foi conquistado quanto à redução do desmatamento é importante, mas também essa redução precisa continuar”, concluiu Vinicius.

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