Com chuva abaixo da média, MS decreta emergência ambiental 4d363a
Documento foi assinado durante o 1° Workshop Presencial de Prevenção aos Incêndios Florestais em 2024 nesta terça-feira 2t3w3k
O Governo de Mato Grosso do Sul decretou nesta terça-feira (9), situação de emergência ambiental. A ação foi motivada por conta das chuvas abaixo da média desde dezembro de 2023, para tentar proteger os biomas do estado, como Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, de incêndios florestais.

O documento foi assinado durante o 1° Workshop Presencial de Prevenção aos Incêndios Florestais em 2024, promovido pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e o Comitê do Fogo (Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais).
“Temos R$ 25 milhões em recurso para atuação preventiva, pronto para ser usado e evitar que a gente tenha milhões de hectares queimados. Estamos nos preparando para minimizar caso ocorra algum problema”.
Eduardo Riedel, governador de MS

Segundo o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, o decreto é para o estado todo, mas com atenção principalmente para o Pantanal.
“Estamos propondo a queima prescrita, que é uma inversão da lógica, com o Estado identificando locais com acúmulo de biomassa. É uma inovação do ponto de vista de combate a incêndio”, ressaltou o secretário da Semadesc, Jaime Verruck.
Mato Grosso do Sul enfrenta um grande desafio no combate às queimadas desde o início de 2024, com chuva abaixo da média histórica desde o fim do ano ado. Os focos de incêndio registrados no período em 2024 já são quase o dobro do mesmo período do ano ado.
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Para combater o fogo, o Corpo de Bombeiros conta com efetivo de aproximadamente 1,6 mil profissionais e mais de 300 são altamente capacitados para combates a incêndios florestais.
O Governo do Estado também alega ter investido desde 2023, mais de R$ 1,4 milhão em equipamentos de proteção individual específicos para o combate a incêndios florestais – capacetes, abafadores e trajes de proteção especial. Para esta temporada de incêndios florestais serão destinados mais R$ 25 milhões para garantir a efetividade das ações de combate em todo o Estado.
Proteção 4p612l
O plano de operações para a temporada de incêndios (TIF) de 2024, denominado “Operação Pantanal 2024”, está em sua segunda fase, focado em estratégias de prevenção e preparação para combater os incêndios florestais e proteger o bioma do Pantanal, onde ao todo 31 militares concentram seus esforços na limpeza de estradas e cabeceiras de pontes, atuam no estabelecimento de bases avançadas em Corumbá e no reconhecimento e monitoramento dos parques estaduais da região.
Na semana ada, na terça-feira (2), as equipes do Corpo de Bombeiros que realizam atividades de educação ambiental e prevenção aos incêndios florestais nas comunidades tradicionais, propriedades rurais e parques estaduais localizados no Pantanal, iniciaram a ação.
As seis guarnições, formadas por 24 bombeiros com o e de uma equipe composta por mais 15 profissionais responsáveis pelo gerenciamento, logística e monitoramento dos dados do SCI (Sistema de Comando de Incidentes) estabelecido em Campo Grande e Corumbá, deixaram a base operacional, na Capital, para os diferentes locais atendidos nesta etapa do trabalho.
A atividade de orientação e educação é realizada anualmente, porém em 2024 o trabalho foi antecipado. O alerta climático, com possibilidade de ocorrência de incêndios florestais intensos em todo o Estado e especialmente no Pantanal, antecipou a ação em pelo menos um mês.
Em paralelo ao trabalho preventivo com orientação e educação ambiental, também serão instaladas bases avançadas de combate aos incêndios florestais na região pantaneira para facilitar o deslocamento das equipes e a resposta no controle das chamas, especialmente em áreas de difícil o.
“O Pantanal é o bioma que temos mais dificuldade de o. Por isso vamos estabelecer as bases avançadas pela primeira vez, é uma novidade este ano. Precisamos diminuir o tempo de resposta”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, responsável pelo monitoramento e ações de combate aos incêndios florestais no Estado.
As duas primeiras bases avançadas serão instaladas às margens dos rios Paraguai e São Lourenço, na divisa com o Mato Grosso. “Em alguns momentos, durante o período de estiagem, os incêndios com origem no estado vizinho acabam entrando naquela região. Queremos evitar essa progressão para dentro do nosso Estado”, afirma Inoue.