Apreensões, prisões e multas: veja balanço de operação contra crimes ambientais 264t24
MPE apresenta balanço da Operação Jomeri 3o3w63
Contratos de compra e venda, nove aparelhos celulares, documentos timbrados da Sema e material artesanal para atear fogo, foram alguns dos itens apreendidos na Operação Jomeri, realizada no sábado (13) na região de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá.

Na ocasião também foi feita uma prisão em flagrante por posse de arma de fogo e munições. Dos sete mandados de buscas e apreensões expedidos, quatro foram cumpridos.
A operação foi um desdobramento da ação fiscalizatória realizada no dia 05 deste mês.
A ação foi realizada de forma conjunta pelo Gaeco Ambiental, Promotoria de Justiça de Colniza, Dema (Delegacia de Estado de Meio Ambiente), Delegacia Regional de Juína, Delegacia Municipal de Colniza, GOE (Grupo de Operações Especiais), Batalhão de Proteção Ambiental da Polícia Militar e Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente).
As instituições envolvidas na operação acreditam que o trabalho de repressão realizado na região foi primordial para que o “Dia do Fogo” não ocorresse. Levantamentos promovidos pelas equipes de inteligência sinalizavam para uma mobilização em larga escala.
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Até o dia 11, dois dias antes da operação, o Corpo de Bombeiros Militar, por meio do Batalhão de Emergências Ambientais, e a Guarnição de Polícia Militar Ambiental da PMMT, já haviam expedido cinco autos de inspeção, cinco autos de infração e cinco relatórios técnicos na região. Cinco propriedades foram multadas por destruição com uso de fogo de aproximadamente nove mil hectares, totalizando R$ 122 milhões.
Além das medidas de busca e apreensão, o Ministério Público do Estado instaurou dezenas de procedimentos de natureza cível, buscando a reparação socioambiental pela degradação já ocorrida. O valor total das indenizações é de quase R$ 422 milhões.
Desde a notícia de que ocupantes de uma das fazendas da região promoveriam incêndio criminoso na área, a Sema, por meio da Superintendência de Fiscalização, e PM e Corpo de Bombeiros posicionaram suas equipes na área para prevenir e impedir a ação dos infratores. O objetivo também era identificar as pessoas envolvidas na ação criminosa.

Já foram lavrados 18 autos de infração pela prática de desmate ilegal, que correspondem a 50% do desmate para o município de Colniza.
Entre os dias 08 e 12 de agosto, o Batalhão de PM aplicou em quatro pontos da região multas de R$ 200 mil por quebra de embargo e de R$ 450 mil por desmate ilegal, totalizando R$ 650 mil. Ao todo, foram fiscalizados oito alertas.
Em Mato Grosso, o uso do fogo está proibido desde o dia 1º de julho e a vedação segue até o dia 30 de outubro.