O clima extremo tentou nos avisar: um apocalipse ambiental viria em 2070! 4gp6g
'2070 - A evacuação/Estéril Volume 1', foi escrita por Bruno Álvares Vilela em solo cuiabano, com um cenário apocalíptico que alerta os cidadãos sobre questões climáticas futuras. 4c2j6s
Usando a grande e calorosa Cuiabá como cenário para um apocalipse climático, Bruno Álvares Vilela escreveu um alerta em formato de ficção científica, que ultraa o solos mato-grossenses e tem a intenção de fazer os cidadãos repensarem a forma como vêm tratando questões ambientais em todo o mundo, pois os resultados futuros virão. E por falar em futuro, em 2070 os rios secaram, no solo nada mais cresce e guerras por locais ainda habitáveis iniciaram.

Bruno Álvares é natural de Goiânia. Ainda novo foi morar em Rondônia e depois veio para Cuiabá, onde iniciou a faculdade de Direito e já atua na área há 13 anos.
Apesar dos campos um tanto diferentes, o advogado e escritor afirmou ao Primeira Página que escrever também é uma paixão, por isso a decisão de caminhar entre as duas áreas!
Surgia uma história 591i5u
Foi aqui, na Capital mato-grossense, no ano de 2001, que a narrativa ficcional começou a surgir na mente do autor, num dia em que ele teve que voltar da escola para casa, andando, e ainda tendo que ar a alta temperatura e a dificuldade de respirar, fatores causados por um período de queimadas em Mato Grosso.
Aquele desconforto extremo ficou gravado na mente do jovem e, durante anos, Bruno pesquisou acerca do tema do aquecimento global e sobre como mostrar para as pessoas que um futuro caótico é possível se não mudarmos nossas ações diante do meio ambiente agora!
“Desde os cidadãos comuns até grandes empresas, todos são responsáveis por uma piora ou por uma mudança benéfica nas questões climáticas futuras”, afirma o autor.

É esse um dos pontos principais tratados pelo Vilela em ‘2070 – A evacuação/Estéril Volume 1’, que tem uma projeção de futuro baseada nos dados do do IPCC ( Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), que mostra a possibilidade de aumento de até 7°C na temperatura média de Cuiabá daqui a 48 anos.
2070 – A evacuação 2w1r5l
A partir dos estudos das projeções climáticas, em agosto de 2021 Vilela começou a ‘extrapolar’ as consequências desse cenário futuro para poder criar a narrativa do livro, que ainda é a primeira parte de uma trilogia que o autor está produzindo.

Como explica o autor, o nome do livro já demonstra a gravidade da questão ambiental no ano de 2070, em que mais nada é capaz de nascer ou crescer em um solo arruinado pelo homem.
Ilustrando fielmente o cenário do período, a capa do livro mostra o prédio da prefeitura de Cuiabá destruído por causa de uma explosão ocorrida durante os conflitos.
Além disso, desde 2039, deixamos de ser Brasil e somos o ‘Estado Transnacional Amazônico’, uma mudança criada por grandes nações pra tentar preservar o que restou da Amazônia.
Em meio a essa história, o nosso Pantanal também não possui mais rios e seu solo deixou de ser fértil. Lá na frente, uma das possíveis consequências da falta de preservação e das constantes queimadas, foi transformar nosso solo em estéril. Aqui nada cresce, nada vive.
Refugiados ambientais 4w5622
O Daniel, de 32 anos, é o personagem principal dessa história. Ele perdeu a mãe para uma doença respiratória e tenta conseguir um visto humanitário pra sair de Cuiabá e encontrar o pai, sendo que a data limite pra conseguir esse documento é até o dia 31 de dezembro de 2070, como determinou a República de São Paulo.
Cuiabá será evacuada e, caso consiga sair da cidade, Daniel se tornará um dos vários refugiados ambientais, que são cidadãos das antigas regiões Centro-oeste e Norte do território que, por mais de 200 anos, pertenceu a um país extinto chamado Brasil.
Como está descrito no início do livro, em 2050, o número de refugiados ambientais no mundo já ultraa os 200 milhões!
Apesar de uma origem em comum, os refugiados são tratados como estrangeiros que podem arruinar a sustentabilidade e o modo de vida dos territórios habitáveis da América do Sul.
Nessa tentativa, que já dura meses, o protagonista dorme na longa fila que todos os dias se forma às portas da prefeitura de Cuiabá na esperança de conseguir sair da cidade. O seu maior medo é de que seu pai não seja aceito, pois além da idade avançada, ele não consegue andar devido a um um acidente causou nele uma lesão de coluna.


O futuro nas nossas mãos 154j5k
Mas vale lembrar que a história apocalíptica escrita por Vilela não é um caminho totalmente sem volta!
Em meio ao caos e ao ambiente destruído, uma luta pela recuperação das regiões afetadas vai se iniciar, uma tentativa de revolução pra tentar salvar e garantir a vida das gerações futuras.
E caso essa mudança venha, Daniel fará parte dos que lutaram, mas não estará entre os que irão ver a restauração futura com seus próprios olhos.
“Eu espero que todas essas previsões drásticas sirvam pra gente tomar medidas pra que isso não ocorra. Acho que a gente tem capacidade e ânimo necessários pra que isso não aconteça, sou otimista nesse aspecto”, defende o autor.
Ou seja, um ponto que serve de reflexão para nós, enquanto cidadãos que ainda desfrutam do que o meio ambiente nós dá, enquanto ele ainda tem algo para oferecer.
É que as chamadas constantes pra mudar as nossas ações, traz esse mesmo ponto escondido: estaremos transformando um ambiente no qual não viveremos, mas nossos filhos e netos, sim!
Assustador pensar nas projeções ambientais e em um apocalipse climático? Sim, pois é como um grito ecoado de um futuro possível.
No fundo, a gente entende a diferença de algo que extrapola limites da realidade, para algo que está ali nos dando sinais de que somos nós, cidadãos, que estamos ultraando os limites da irresponsabilidade com o ambiente que nos cerca e nos mantém vivos.
Leia mais n1u6n
Por enquanto, o livro foi lançado somente na versão digital, em EBook, que pode ser baixado através deste link e lido em qualquer aparelho eletrônico.