Coroação de Charles III é destaque para leituras envolvendo a monarquia 1b182s
Você sabia que o rei contrata um poeta para escrever poesias para ocasiões comemorativas? 3d4h52
A coroação do rei Charles III está marcada para este sábado (6) na Abadia de Westminster, em Londres. Ao todo, serão três dias de cerimônias no Reino Unido. Evento que, certamente, ficará registrado nos livros. Apesar de real – em todos os sentidos – a ficção e aventura aproveitam o momento e o “Tá Lendo O Quê?” traz leituras relacionadas à realeza britânica.

Por falar nisso, você sabia que o rei contrata um poeta para escrever poesias para ocasiões comemorativas?
Além das muitas funções e obrigações, Charles herda da mãe, a rainha Elizabeth II, o “Poeta Laureado”, um escritor de “Importância Nacional”. O cargo honorário é ocupado por Simon Armitage, poeta, dramaturgo e romancista. Ele segue nessa posição até 2029. Uma das obras de Simon é “Uma Arte Vertical”.
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Ainda na pegada da monarquia, a agente britânico mais famoso do cinema, James Bond, participa da cerimônia. Mas no livro lançado recentemente “A Serviço Secreto de Sua Majestade”, Bond desmantela os planos de um vilão para sabotar a luxuosa festa de coroação. Escrito por Charlie Higson, o autor foi contratado para escrever o livro, disponível, infelizmente, apenas na versão em inglês.
Os reis e rainhas britânicos influenciaram a literatura inglesa ao longo da história. Elton Furlanetto, doutor em literatura de língua inglesa e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) explica a relação dos autores com a monarquia real.
“A gente tem essa questão engraçada né? Porque em alguns períodos da literatura britânica elas vão ser nomeadas exatamente a partir da pessoa da figura da monarquia que estava no poder”, contou.

William Shakespeare viveu na Inglaterra da rainha Elisabeth I, entre 1564 e 1616. Ele escreveu Romeu e Julieta, Otelo, rei Lear, Macbeth é uma das peças mais analisadas e encenadas nos últimos quatro séculos é Hamlet, que conta a história do príncipe da Dinamarca. Ele precisa vingar a morte de seu pai.
“Ele se inspira em obras que já existiam na época e a partir disso cria ali ou coloca, imprime algumas características próprias e que vão então mobilizar principalmente as questões que as pessoas vão ter.”, conta o doutor.
Mary Shelley é uma das grandes autoras da literatura inglesa. Ela escreveu em 1816, Frankenstein. O livro influenciou o que hoje conhecemos como ficção científica.
“O livro conta a história de um cientista. O Victor Frankenstein que dá o nome ao livro e a sua tentativa de vencer a ele gostaria de vencer a morte e a partir disso então ele cria uma criatura e essa criatura é então não segue as leis naturais”, afirma.
Outro escritor influente da literatura inglesa é Oscar Wilde. Autor de o retrato de Dorian Gray, lançado em 1890, é lido e debatido mesmo após mais de cem anos de sua publicação.
“O retrato de Dorian Grey mostra pra gente as rachaduras aí da questão social e vai se voltando para psicologia mesmo pro pensamento das pessoas, o que explode mesmo no século vinte com o modernismo”.
“Essa relação talvez seja um pouco mais distante por ele ter sido indicado pela Elizabeth II e depois enfim, a pessoa o poeta laureado que ele for indicar é nesse próprio próximo período é seja uma pessoa de de fato que que representa mais ou esteja mais ligado aos seus valores, a sua a sua de de conduzir a própria monarquia.