Veja quem são os intermediadores das vendas de sentença em MS b5t6a

Materiais apreendidos pela investigação, em 2021, foram determinantes para comprovar esquema 165h35

Prints e documentos encontrados pela Polícia Federal durante análise do material apreendido na operação Mineração de Ouro, realizada em 2021, foram determinantes para comprovar o esquema de venda de sentenças no mais alto escalão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Com base nas conversas entre os suspeitos, a investigação concluiu que no centro das negociações, reveladas no dia 24 de outubro pela Última Ratio, estão dois advogados: Felix Jayme Nunes da Cunha e Rodrigo Pimentel, filho do desembargador Sideni Pimentel.

Felix Jayme e Rodrigo Pimentel, advogados citados em investigações contra venda de sentenças, em MS (Foto: Reprodução)
Felix Jayme e Rodrigo Pimentel, advogados citados em investigações contra venda de sentenças, em MS (Foto: Reprodução)

Os prints das conversas, além de contratos considerados suspeitos, foram encontrados no celular e no notebook do advogado Felix Jayme, que também foi alvo da operação Mineração de Ouro.

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Parte das mensagens registradas pelo próprio suspeito começam em 2015 e vão até 2019. Nelas, estão provas concretas da venda de sentença em Mato Grosso do Sul, mas mais que isso, mostram que ele e os filhos de Sideni Pimentel atuavam como intermediários entre interessados na compra de sentença e desembargadores.

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Em tese, Felix atuavam em favor dos interessados na compra de sentença, negociava com Rodrigo e ele conversava com os desembargadores.

O pagamento, em algumas ocasiões, ocorria na ordem inversa. Felix recebia e reava para Rodrigo, que por fim, entregava o dinheiro para os desembargadores.

Além das negociações óbvias, a polícia encontrou conversas que revelaram que Felix chegava a escrever as teses que deveriam ser defendidas pelos desembargadores em seus votos. Veja as conversar:

Em outra mensagem, Rodrigo combinou até o horário em que as decisões sairiam e pediu para Felix rear a informação para provar que eles tinham o controle.

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Quando um dos compradores questionou a demora nas negociações e insinuou que outra pessoa estava oferecendo vantagens, Felix confirmou, categoricamente, “acordo só através de nós”.

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A segurança com o esquema de corrupção era tão grande, que Felix chegou a fazer contratos com os “compradores” em que afirmava que só receberia se os votos favoráveis aos interesses deles fossem por unanimidade.

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Esse contrato foi encontrado pela polícia no computador de Felix e tratava de uma ação rescisória movida pela Companhia Energética de São Paulo contra uma empresa de Mato Grosso do Sul e que estava em trâmite na 4ª Seção Cível do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Se ganhasse a causa, nos termos do contrato, ou seja, por unanimidade, Felix receberia valor milionário.

A mesma “confiança” foi encontrada em outro contrato. Esse fruto de uma parceria entre Renata Pimentel e Felix Jayme.

A filha do desembargador, que se não fosse afastado durante a operação Última Ratio seria o novo presidente do TJMS a partir de 2025, firmou em contrato que receberia pagamento adiantado e em caso de resultado em favor da parte contrária, devolveria o dinheiro. A decisão, assim como outras negociadas pelo grupo, garantiu a vitória de Renata.

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Tá barato 2r681v

Em mais de uma conversa encontrada pela polícia, Felix repete aos “clientes” que o pagamento da propina está barato.

Segundo a investigação, uma das negociações descobertas ocorreu em 2019 e foi paga diretamente para o desembargador Marcos Brito. Nas mensagens com o cliente beneficiado pela decisão, Felix cobra o pagamento e diz que pagou do próprio bolso parte do dinheiro, mas espera o reembolso.

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Não é apenas processos cíveis que eram “vendidos” pelo grupo. Entre as mensagens, a polícia identificou a negociações de uma revisão criminal. Por maioria, os desembargadores do órgão especial do Tribunal de Justiça tornaram insubsistente a condenação do acusado.

O cliente, nesse caso, era o candidato a prefeitura de uma cidade no interior de Mato Grosso do Sul. Na época, 2016, ele chegou a pedir para dividir o pagamento em duas vezes, mas Felix negou. “Não dá, é muita gente envolvida para dar certo”.

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O outro lado 424q6o

A reportagem tentou contato com os três advogados citados na matéria, Renata Pimentel, Rodrigo Pimentel e Felix Jayme.

Renata e Felix Jayme não responderam as solicitações até o momento. O Primeira Página também ligou para o escritório de Rodrigo Pimentel, mas ainda não conseguiu contato.

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