Veja confissão de matador que chega ao último júri em Campo Grande 1d5d1

Os inquéritos policiais indicaram que, em regra geral, “Filé” matava homens solitários para ficar com seus bens, entre veículos e imóveis 5ek5z

A Justiça de Mato Grosso do Sul encerra nesta sexta-feira, 12 de maio, os julgamentos de Cleber de Souza Carvalho, 46 anos, o pedreiro que confessou o assassinato de sete pessoas em Campo Grande. Os crimes brutais só vieram à depois de o serial killer ser descoberto, em maio de 2020, quando colocou a esposa e a filha para morar na casa de uma de suas vítimas. O cadáver estava enterrado ao fundo da residência.

Mulher e filha, que chegaram a ficar presas, foram inocentadas da participação no crime. Confira abaixo trecho do depoimento do serial killer na DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), no dia 2 de junho de 2020, quando ele confessa as mortes.

“Cometi 7”, declara, em resposta à autoridade policial sobre os assassinatos revelados pelo próprio matador em série.

Foi depois de parentes comunicarem o sumiço do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, que a polícia entrou no caso e descobriu o cadáver, no dia 7 de maio de 2020, aos fundos do imóvel na Vila Nasser. José Leonel foi golpeado na cabeça com um cabo de ferramenta usada no trabalho de pedreiro. Depois, enterrado.

Cleber estava foragido. Foi capturado no dia 15 de maio, escondido na casa de familiares em Campo Grande Grande mesmo, com a prisão já decretada pela justiça. Confessou as outras mortes e os cadáveres foram sendo localizados, um a um.

Os inquéritos da DEH indicaram que, em regra geral, “Filé”, apelido de Cleber, matava homens solitários para ficar com seus bens, entre veículos e imóveis.

Ele se aproveitava do fato de os bens, na maioria dos casos, não serem regularizados. Depois de dar fim à vida das vítimas, negociava bens, apontaram os trabalhos policiais.

Durante o andamento das ações penais, chegou a ser alegada insanidade mental, tese da qual a defesa desistiu, e ainda foi apresentada a justificativa, em alguns casos, de legítima defesa durante brigas. Na versão do réu, parte das vítimas lhe devia dinheiro.

Cleber de cabeça baixa durante 2º júri que enfrenta, na Capital (Foto: Geisy Garnes)
Cleber de cabeça baixa durante júri. (Foto: Geisy Garnes)

Na prisão há 3 anos 3e3u1t

O serial killer está preso desde maio de 2020. De lá para cá, seis júris populares foram realizados. As penas somadas am dos 95 anos de reclusão.

A lei brasileira prevê 40 anos como tempo máximo de cadeia. Em casos como o de Cleber, é feito um exame criminológico para saber se o condenado tem ou não condições psicológicas de voltar ao convívio social.

Dependendo do resultado, pode ser aplicada a chamada medida de segurança, espécie de internação obrigatória. Como não há estabelecimento específico para esse fim, as pessoas nessa condição costumam ser mantidas em presídios, como é o caso do “Maníaco da Cruz,” alcunha do jovem sul-mato-grossense que cometeu três assassinatos no fim da década de 2000, ainda adolescente, e até hoje está no sistema carcerário.

O último júri 434e6w

Nesta sexta-feira, na última ação penal a ser julgada, Cleber será levado aos bancos dos réus pela morte do catador de recicláveis Hélio Taíra, de 74 anos, que ficou desaparecido desde novembro de 2016. A ossada só foi localizada depois da prisão do serial killer.

O próprio assassino, na época, indicou aos policiais onde enterrava as vítimas. Foi feita uma força-tarefa, de dois dias, com participação do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e até uso de uma espécie de detector de cadáveres, equipamento originariamente usado para identificação de tipos de solo.

Na versão do réu, contratou Taíra para ajudar em uma obra pela qual era responsável e os dois acabaram se desentendendo. Matou a vítima com um pedaço de madeira e enterrou na calçada da residência, na rua Grécia, na Vila Planalto.

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As acusações contra Cleber de Souza Carvalho são de homicídio qualificado e ocultação e destruição de cadáver. Nos outros júris, pegou penas que variam entre 15 e 18 anos de reclusão.

A maior parte das sentenças condenatórias já transitou em julgado.

“Filé” cumpre pena no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) e é considerado um interno de comportamento reservado, conforme apurou a reportagem.

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