TJ acata denúncia contra ex-secretário de Saúde de Cuiabá 4y1u3f
O pedido foi aceito pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá k3u1y
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso acatou na última sexta-feira (3) o pedido de denúncia do Ministério Público do Estado contra o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva. Ele e outras nove pessoas são apontados por participação associação criminosa e peculato.

O pedido foi aceito pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Na denúncia do MPMT, Célio é acusado de associação criminosa, contratação direta indevida, peculato majorado por seis vezes e lavagem de capitais por três vezes.
O ex-secretário foi preso em fevereiro e negou durante audiência de custódia ser responsável pela compra de medicamentos sem as devidas formalidades, como investiga a Operação Hypnos. No entanto, citou compras “atípicas” no período em que esteve à frente da ECSP (Empresa Cuiabana de Saúde Pública). Célio Rodrigues foi preso preventivamente em 9 de fevereiro e está na Penitenciária Central do Estado.
O Primeira Página tenta contato com a defesa de Célio.
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Na denúncia, o MPE pede a condenação do ex-secretário e os outros 10 envolvidos, que inclui empresário e servidores públicos, a reparar os danos causados, devidamente atualizados, cujo montante, em valores originais, chega a R$ 3.242.751,00.
Durante buscas na casa do ex-secretário, foram encontrados R$ 25,3 mil na bolsa da esposa. Ele alegou que seria referente a um empréstimo. Outros R$ 5,6 mil estavam numa gaveta da moradia.
Denunciados pelo MP 396y50
- CELIO RODRIGUES DA SILVA
- EDUARDO PEREIRA VASCONCELOS
- GILMAR FURTUNATO
- JOÃO BATISTA DE DEUS JUNIOR
- JOÃO BOSCO DA SILVA
- MAURÍCIO MIRANDA DE MELLO
- MÔNICA CRISTINA MIRANDA DOS SANTOS
- NADIR FERREIRA SOARES CAMARGO DA SILVA
- RAQUELL PROENÇA ARANTES
- JUSSIANE BEATRIZ PEROTTO
Operação Hypnos 4z1r5v
A Operação Hypnos foi deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção). De acordo com a Polícia Civil, relatórios de auditoria da Controladoria-Geral do Estado apontaram indícios de desvios de recursos públicos na ECSP e, a partir disso, foram constatadas diversas irregularidades em alguns pagamentos, na ordem de R$ 1 milhão.
Segundo a Deccor, esse dinheiro pode ter sido desviado dos cofres da saúde pública do município de Cuiabá e teria sido direcionado de forma indevida em plena pandemia da covid-19.
As apurações apontam que, em tese, foram autorizados pagamentos sem as devidas formalidades para uma empresa que, segundo levantamentos realizados, seria composta por pessoas que não teriam condições de istrá-la, bem como não possuiria sede física no local informado em seu registro formal. Essas evidências podem demonstrar tratar-se de uma empresa fantasma, cujos sócios es seriam laranjas.
Os indícios sugerem que esses pagamentos se referem à aquisição de medicamentos que não possuem, a princípio, comprovação de ingresso na farmácia da Empresa Cuiabana. Isso levanta suspeitas de que esses medicamentos, de fato, nunca teriam chegado a dar entrada no estoque da ECSP.