STJ arquiva inquérito contra Azambuja por suspeita de roubo de propina l5i72
A ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Maria Isabel Gallotti, determinou o arquivamento do inquérito 1.243, que investigou o governador de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja (PSDB) por um suposto roubo de propina. Segundo o MPF (Ministério Público Federal), não há provas contra o tucano. O processo correu sob sigilo.

“Não há qualquer tipo de prova de participação do governador e a relatora decidiu pelo arquivamento”, afirmou o advogado de defesa Gustavo arelli.
O advogado Rodrigo Souza e Silva, filho do governador Reinaldo Azambuja, foi absolvido pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da acusação de ser o mandante de um roubo ocorrido em Terenos, em 2017. Na decisão de março deste ano, a magistrada disse que as provas eram insuficientes e estava provado que o réu não concorreu para a infração penal.
A acusação feita pelo MPF partiu de depoimentos do lavador de carros Luiz Carlos Vareio mas, de acordo com a magistrada, o próprio Ministério Público demonstrou “já de início, ausência de convicção quanto à participação do réu Rodrigo na prática do roubo do veículo e da suposta quantia de dinheiro transportada pela vítima Ademir José Cafesta”.
“O que restou comprovado durante a instrução processual, inverossímil a imputação de autor intelectual do roubo, por parte de Rodrigo, de um dinheiro que não retornaria para o seu poder, pois seria dividido entre os executores do crime, e sequer chegaria nas mãos do suposto destinatário”, afirmou a juíza na decisão.
Leia mais n1u6n
Acusação 41142
Rodrigo foi acusado de mandar roubar R$ 300 mil de um suposto pagamento que seria destinada a José Ricardo Guitti, o Polaco, que estaria chantageando o governador. Segundo essa denúncia, Polaco estaria pedindo mais dinheiro para manter o silêncio sobre o que sabia de um suposto esquema de pagamento de propina a Azambuja pela JBS.
O governador Reinaldo Azambuja e o filho Rodrigo Souza e Silva enfatizaram que nunca tiveram nenhuma participação nos fatos, que a denúncia era manifestamente fantasiosa e o andamento do processo comprovou que eles não tiveram nenhuma participação no suposto crime.