Sobe para 25 número de réus em ações sobre crimes ambientais em MT 2x6w3

A Operação Polygonum, deflagrada em 2018, trouxe à tona um esquema dentro da Sema que legitimava polígonos de desmatamentos criminosos em áreas rurais não consolidadas 6r2d20

Com o recebimento de mais três denúncias oferecidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) Ambiental, subiu para 25 o número de réus (entre pessoas físicas e jurídicas) em sete ações penais da Operação Polygonum. Em decisão recente, o juízo da 7ª Vara Criminal Especializada Contra o Crime Organizado de Cuiabá ainda determinou a suspensão das atividades econômicas desenvolvidas na Fazenda Santa Clara 7, que teve o seu Cadastro Ambiental Rural (CAR) fraudado com o objetivo de transformar áreas já desflorestadas em Áreas de Uso Consolidadas, em desacordo com as normas ambientais vigentes.

Gaeco
Denúncia ofereceu mais três denúncias (Reprodução)

Conforme a decisão, a Justiça considerou “medida suficiente e adequada para cessar possível renitência, possibilitando, também, a regeneração natural da área, em tese, degradada”. A suspensão visa neutralizar o prosseguimento das supostas atividades criminosas, evitando assim danos irreversíveis ou de difícil reparação. Isso porque os representados teriam continuado a plantar soja em áreas de Reserva Legal e de Proteção Permanente degradadas, situação que impossibilitaria a regeneração natural.

A Operação Polygonum, deflagrada em 2018, trouxe à tona um esquema dentro da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) que legitimava polígonos de desmatamentos criminosos em áreas rurais não consolidadas. Com o uso de meios fraudulentos, áreas para o uso alternativo eram ampliadas. A organização, conforme o Ministério Público de Mato Grosso, fraudava o Sistema Mato-grossense dos Cadastros Ambientais Rurais (Simcar). O ex-secretário de Meio Ambiente André Luis Torres Baby e o ex-superintendente de Regulação e Monitoramento Ambiental João Dias Filho são apontados como os chefes do esquema.

Fazenda Santa Clara 7 3b2p29

A Licença Ambiental Única (LAU) da propriedade, emitida em fevereiro de 2012, apontava uma área total de 1.371,8043 hectares, sendo declarados 472,9520 hectares de Área de Reserva Legal (ARL). Antes da emissão da LAU foi feito o Cadastro Ambiental Rural (CAR) da propriedade, onde constou que a ARL existente seria de 466,4570 hectares e, para uso alternativo do solo seriam destinados 905,3240 hectares.

“Ocorre que o imóvel foi completamente desmatado posteriormente, sem Autorização de Desmate, sendo que a intenção dos proprietários, os denunciados Marcelo e Osvaldo, era ‘legalizar’ esse desmatamento de modo que não precisasse recompô-lo no próprio imóvel”, narrou o MPMT na denúncia.

Leia mais n1u6n

  1. Operação Polygonum: Justiça aceita denúncias e 13 viram réus por crimes ambientais 4v3z6l

  2. Ex-titulares da Sema am a ser réus em 17 ações por fraudes, diz MP 2h6o2l

  3. Operação pré-feriado 6c361

Como a Lei n. 12.651/2012 (Código Florestal) concedeu anistia aos ilícitos praticados sem autorização, a organização criminosa teve como objetivo fazer com que o desmatamento da Fazenda fosse registrado como anterior à lei. Assim, os denunciados arquitetaram o desaparecimento dos autos físicos da LAU, que não estavam digitalizados e cujas informações não seriam recuperadas, e fizeram novo CAR inserindo informações falsas.

As inserções de informações falsas nos sistemas da Sema visaram garantir que os desmatamentos e outras formas de degradação ambientais praticados pelos denunciados, a partir do ano de 2015, não fossem descobertos, bem como manter a exploração econômica de quase a totalidade do imóvel sem precisar recuperar a ARL degradada e dispensar o pagamento de reposição florestal.

FALE COM O PP 6s423v

Para falar com a redação do Primeira Página em Mato Grosso, clique aqui. Curta o nosso Facebook e siga a gente no Instagram.

Leia também em Justiça! 12t4d

  1. Advogado Renato Nery foi alvo de atentado e morreu em julho na capital. (Foto: Reprodução)(Foto: Reprodução)

    Caso Nery: Justiça solta PMs suspeitos de forjar confronto com arma que matou advogado 443z63

    Justiça de Mato Grosso concedeu liberdade provisória aos 4 Policiais Militares que...

  2. Cuiabá Regula: MP quer suspensão de nova agência reguladora e volta da Arsec x2131

    O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ingressou uma ação na Justiça,...

  3. Paulo Cupertino

    Assassino de ator e pais, Paulo Cupertino é condenado a 98 anos de prisão 691y3u

    Seis anos após ass o ator Rafael Miguel e seus pais, Paulo...

  4. Acusados por morte de advogado que investigava sindicato vão a júri em Cuiabá 535s27

    Cinco pessoas acusadas de envolvimento na morte do advogado Antônio Padilha de...

  5. "Mãe" de bebê reborn: recepcionista processa empresa que negou licença-maternidade v244r

    Uma recepcionista de Salvador (BA), entrou na Justiça contra a empresa que...

  6. Ricker Maximiano de Moraes, um policial militar de 35 anos, é suspeito de matar esposa em Cuiabá. (Foto: Reprodução)

    Jogador de futebol teve carreira destruída após ser baleado por PM em Cuiabá, diz promotor 1z1r6x