Réu por execuções nas Moreninhas alega risco de morte em presídio 1f4q5t

Ryan Victório, o "Amarelinho", está preso desde fevereiro de 2023 na Gameleira II 1d4s5i

Réu por duas execuções no bairro Moreninha III, em Campo Grande, Ryan Victório Alencar da Silva, o “Amarelinho”, de 21 anos, pediu à Justiça a transferência do presídio de regime fechado da Gameleira II para uma outra unidade.

Seu argumento é de que corre risco de vida na “Federalzinha”, onde está desde fevereiro do ano ado.

Ryan Victório no segundo depoimento à DHPP
Ryan Victório durante depoimento (Foto: reprodução de process0)

Segundo a petição protocolada pela Defensoria Pública, a mãe de “Amarelinho” procurou o órgão e manifestou o temor pela vida dele.

“Desta forma, por cautela, requer seja feita sua transferência para o Instituto Penal desta capital, ou outro estabelecimento prisional com neutralidade em relação ao domínio de organizações criminosas, ou ainda que sejam adotadas medidas de preservação da integridade física do interno”.

Petição da Defensoria Pública

A G2, como também é conhecida a prisão onde Ryan está, concentra maior parte de internos ligados à facção criminosa Comando Vermelho, segundo levantou a reportagem do Primeira Página. Na unidade vizinha, a G1, ou “Supermáxima”, como é conhecida, o domínio é do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Nos dois presídios, o regime de custódia é mais rígido, o que levou aos apelidos dados aos estabelecimentos penais, um em referência ao presídio federal de segurança máxima de Campo Grande e outro comparativo à Máxima estadual.

Ao analisar a solicitação da Defensoria, o juiz Carlos Alberto Garcete, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, decidiu encaminhar a demanda à Vara de Execução Penal, responsável pela fiscalização do cumprimento de penas.

“In casu, como se trata de requerimento afeto, como dito, à transferência de preso, a competência para sua análise é do Juízo-Corregedor dos Presídios. Diante disso, considerando que já foram expedidos ofícios tanto para a 1ª VEP quanto para a AGEPEN (f.1706-7), deixo para o Juízo da Vara das Execuções sua deliberação.”

Decisão judicial

Pelo que foi apurado, Ryan segue na “Federalzinha”.

Execuções 2t1vr

Ryan é um dos dois atiradores flagrados, em gravação de vídeo, matando Gabriel Jordão Silva, de 23 anos, no dia primeiro de fevereiro de 2023, na rua Baguari, Moreninha III.

O réu itiu a participação no crime no dia seguinte, quando foi achado por policiais militares, levando à localização das armas usadas pelo trio responsável pelo ataque. Também é acusado pelo crime Wellington Silva Bernardo, o “Tantan”, que está preso preventivamente, alojado exatamente no Instituto Penal, para onde Amarelinho quer ir.

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Outra morte 2c51w

Ryan também confessou a presença no assassinato de Ronald Felipe Carvalheiro Cardoso, alvejado com 13 tiros na madrugada do dia 26 de junho de 2022, na rua Jutaí, na Moreninha III.

O parceiro do homicídio, segundo a confissão do réu, foi um rapaz conhecido como “Gordinho”, com quem a vítima havia se desentendido um dia antes. Nessa briga, “Fefê” teria usado um facão para provocar estragos no carro do adversário.

Diego Felype Pereira de Jesus, o “Gordinho”, não é réu nesse processo porque era menor de idade.

Ryan Victório é citado em, pelo menos, outras duas investigações de homicídios de jovens das Moreninhas nos últimos tempos.

A primeira é a de Kelvy Dhoko de Souza Gonçalves, assassinado aos 17 anos, em abril de 2023, na rua Baguari.

O adolescente testemunharia à Justiça, no mês de maio, sobre a morte de Gabriel Jordão Silva. Na Polícia Civil, havia implicado os dois réus Ryan e Tantan. A mãe de Kelvy, nos depoimentos dados tanto à Polícia Civil quanto à Justiça, revelou ameaças das pessoas citadas por ele.

Mais um caso em que o nome de “Amarelinho” foi citado é da execução Gabriel Brandão Mendonça, ocorrida no dia 9 de novembro de Sambacuim. Esse inquérito chegou a ser arquivado e foi reaberto, por terem sido identificadas suspeitas de envolvimento de Ryan e Wellington Bernardo.

Todos esses episódios violentos, conforme indicam as investigações, são consequência de disputa pelo controle do tráfico de drogas na região conhecida como “Baixada” da Moreninha.

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