Reportagem no MS1 traz à tona novas denúncias contra médico foragido 5d2e3

Vítimas de e Salvador Walter Lopes de Arruda, de 69 anos, entraram em contato com a TV Morena relatando o que aram com o médico foragido 2o1k5s

Dor e revolta. São esses dois sentimentos que ficaram nas vítimas de Salvador Walter Lopes de Arruda, médico ginecologista e obstetra de 69 anos foragido desde outubro de 2020, em Mato Grosso do Sul, por importunação sexual e assédio sexual, além de erro médico.

Salvador de Arruda
Salvador Walter Lopes de Arruda, médico foragido Justiça de Mato Grosso do Sul durante entrevista para TV Morena, há anos. (Foto: Arquivo/TV Morena)

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Após o caso vir à tona na coluna Capivara Criminal, do Primeira Página, e reportagem transmitida nesta quinta-feira (9) no MSTV Primeira Edição, na TV Morena, mais vítimas entraram em contato com a redação para relatar mais denúncias.

Erro médico e constrangimento 1r4m34

Na reportagem do MS1, uma costureira de 49 anos, já aposentada, contou que entrou na Justiça pedindo indenização por erro médico contra Salvador. O processo corre há cinco anos. Tudo começou depois que ela fez uma cirurgia para retirada do útero, ficando com sequelas.

VITIMA MEDICO
Costureira de 49 anos, vítima do médico. (Foto: Domingos Lacerda)

“Logo após a cirurgia, eu fiquei 15 dias de repouso em casa, uns dias internada. Eu notei por causa da incontinência, que estava muito forte. Depois de 30 dias, tive que fazer outra cirurgia, e não sarei completamente. Fiquei bem mal, fiquei depressiva”, contou.

A costureira ainda ou por constrangimento ao ouvir comentários impróprios do médico ao procurar resolver o problema. “Eu tava mal no hospital, falava com ele, e ele ria, tirava sarro. Tipo: ‘Você tá boa, tá ficando moça de novo’. Até isso ele falou, por causa do períneo que eu fiz, que teve que levantar a bexiga. Debochado mesmo”, declarou.

Mais vítimas entraram em contato. O Primeira Página entrevistou duas, que aceitaram compartilhar os momentos de absurdo.

“Nenhuma mulher que faz laqueadura quer ficar grávida” 5d155v

“Esse médico me operou para não ter mais filhos, fiz com ele laqueadura de trompa, e com dois anos fiquei grávida e nasceu um filho deficiente físico. Ele operou uma amiga minha e esqueceu de tirar o tampão, ela quase morreu. É o Salvador Arruda”, declarou a vítima, de 68 anos. 

Na época, em 1987, ela tinha 34 anos, e foi atendida por Salvador na Base Aérea de Campo Grande. “Ele atendia no hospital da Base. Era conhecido, e fazia muito parto”, explica. 

O motivo da consulta com o médico era uma cirurgia de laqueadura, pois ela não queria ter mais filhos depois de ter tido dois, de 9 e 6 anos, ambos hoje com 44 e 41. 

“Operei com ele, e dois anos depois fiquei grávida. Meu filho nasceu com deficiência física. Eu tive pneumonia quando tava um mês grávida, mas não sabia. Tomei muito antibiótico. O médico do meu filho, que hoje tem 34 anos, acredita que ele nasceu deficiente por causa desses medicamentos que tomei antes do primeiro semestre de gravidez”, alega. 

A vítima conta que chegou a ir atrás do médico. “Ele falou que não tinha me enganado não. E mais, quando cheguei no centro cirúrgico, ele ficava de gozação.  Nenhuma mulher que faz laqueadura quer ficar grávida”, recorda. 

Além da laqueadura mal sucedida, a vítima afirma que outra amiga, já falecida, também ou pelas mãos do médico e, assim como ela, teve problemas. 

“Ela foi operar o períneo com ele, e ele não tirou o tampão de dentro dela. ou muito mal e chegou a ir pro hospital e ficou lá até se recuperar”, detalha. A amiga não está mais viva, vítima da covid-19. 

Falta de ética 6n4q5n

A segunda vítima de Salvador que entrou em contato com a reportagem tem 45 anos, e conheceu o médico antes e durante a sua primeira gestação. 

“Ele foi ginecologista da minha mãe há muitos anos, e comecei a ir nele. Engravidei, ele me atendia, fazia ultrassom. E antes de eu engravidar, ele me falou que eu estava muito gorda, mas que eu era uma ‘mulher gostosa’. Na época, eu não tomei como assédio. Ele era muito escrachado. Então, ou batido”, recorda a professora. 

O comportamento “brincalhão” e nada profissional de Salvador somente ocorria quando a vítima estava sozinha nas consultas. “Quando meu marido ia comigo, ele se comportava diferente, era mais profissional”, recorda. 

Outra atitude suspeita do médico, segundo a professora, aconteceu quando ela estava no oitavo mês de gestação. “A gente já está cansada, sabe, vulnerável. E aí ele veio falar o seguinte: ‘Olha, a Cassems paga muito mal os médicos, então não tem como eu fazer o seu parto de graça’. Eu falei: ‘Mas não é de graça. É pela Cassems’”, conta a professora. 

Salvador cobrou da paciente mil reais. “Isso foi há 11 anos, e eu tava dura, cuidando das coisas do meu bebê, meu primeiro filho. Fiquei desesperada, conversei com meu marido, mas uma amiga minha me indicou outro médico, que estou até hoje. Eu fiquei indignada”, revela.

A professora acabou se lembrando de um episódio muito suspeito de Salvador. “Numa consulta com ele eu ele levei a minha sobrinha, na época tinha 13 anos. Ficamos na sala de espera, aí na hora que ele chegou, olhou pra ela de cima a baixo e abriu os olhos, e eu olhei pra ele. Quando entrei, ele perguntou: ‘Quem é aquela moça maravilhosa">Quero deixar minha opinião!

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