Quase 1 ano depois, Messias é julgado pela morte da ex e do amigo dela 545v5m
Os pedidos de justiça das duas famílias em frente ao Fórum de Campo Grande se uniram ao de mulheres do Movimento Feminista Internacional nesta quarta-feira 5y5w6i
Quase um ano depois da morte de Karolina Silva Pereira e do amigo dela, Luan Roberto de Oliveira, o Tribunal do Júri de Campo Grande julga, nesta quarta-feira (24), Messias Cordeiro de Lima, autor do crime e ex-namorado da jovem.
Os dois foram baleados no fim de abril, no Jardim Colibri, e hoje, minutos antes do julgamento, se transformaram em personagens de uma manifestação por justiça a todas as vítimas de feminicídio.

Enquanto as duas famílias de Karolina e Luan esperavam pelo júri, mulheres do “Movimento Feminista Internacional”, manifestaram apoio e reforçaram pedidos de justiça pela jovem que morreu aos 22 anos. Outras vítimas de feminicídios em Mato Grosso do Sul também foram lembradas.
“Nós viemos no sentido de nos manifestar e pedir uma rigorosa condenação. Não só para esse feminicídio, mas para todos os outros. Nós estamos aqui lutando pelas 14 mulheres que já morreram aqui no estado de Mato Grosso do Sul neste ano”.
Janaina Pereira de Oliveira, comunicação do Movimento Feminista Internacional

Karol, como era chamada pelos amigos, foi morta por Messias por ciúmes. Segundo as investigações, ele não aceitava o fim do relacionamento e, no dia 30 de abril, esperou a ex chegar do trabalho para cometer o crime.
Naquele dia, no entanto, Luan foi o escolhido para levar amiga até em casa; isso porque todos no trabalho sabiam que ela era perseguida por Messias. Assim que os dois chegaram ao endereço de Karol, os dois foram feridos a tiros.
O rapaz morreu na hora. A jovem ou dias internada, mas não resistiu.
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Na manhã desta quarta-feira (24), a família dos dois foram ao Fórum de Campo Grande para acompanhar o julgamento de Messias Cordeiro de Lima e, apesar da dor de reviver as mortes de Karol e de Luan, compartilhavam o mesmo desejo: justiça.
“Creio e acredito na força divina, a força de Deus, é ele que me levanta todos os dias. Não tem outra forma, porque por minha vontade é me isolar dentro de um quarto. Mas hoje queremos justiça”
Ednamar Braga de Oliveira, mãe de Luan.
“Não é um momento fácil, estamos esperando isso há um ano, é como uma página que vamos virar. A gente espera pelo melhor, que a justiça seja feita. Pela minha família, pela Karol, pelo Luan e pela família do Luan”.
Luiz Henrique, padrasto da Karol
Ao lado do esposo, a mãe de Karol, Patrícia da Silva Leite, revelou o medo constante da família desde o feminicídio e pediu que Messias continue preso.
“Peço justiça para que isso sirva de exemplo. Que a pessoa fique presa, até para nossa segurança. Porque a gente tem medo. Nós sentimos coagido, sentimos medo”.
Patrícia da Silva
Messias deve prestar depoimento aos jurados da 2° Vara do Tribunal do Júri ainda nesta manhã e o resultado só deve ser revelado no fim do dia.