Preso na Hungria, Escobar brasileiro consegue R$ 1,3 milhão de aposentadoria 5f2z61
A Justiça do Paraná, entretanto, já decretou o sequestro do montante nesta segunda-feira (5) 5h215f
O narcotraficante e ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como major Carvalho ou “Pablo Escobar brasileiro”, ganhou na Justiça o direito de receber R$ 1,3 milhão em aposentadoria. A decisão é do juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara da Justiça de Campo Grande. A Justiça do Paraná, entretanto, já decretou o sequestro do montante nesta segunda-feira (5). O narcotraficante, que está preso na Hungria por tráfico internacional de drogas, pode recorrer da decisão.

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A aposentadoria é resultado de ação movida pelo ex-major contra a Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul, desde 2015 em que alega não ter recebido aposentadoria entre os anos de 2011 e 2015. O pagamento não foi feito, pois o traficante não compareceu em prova de vida. Isso porque o ex-major forjou a própria morte para fugir das acusações de tráfico internacional de drogas.
A decisão para o pagamento da previdência foi tomada pelo juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara da Justiça de Campo Grande, em 29 de novembro deste ano. Entretanto, a pedido do Ministério Público Federal no Paraná, a Justiça decretou o sequestro do montante milionário, visto a atuação criminosa do ex-major no estado.
Além de reter o dinheiro, a Justiça do Paraná oficializou a 4ª Vara da Fazenda Pública de Campo Grande para que o pagamento, em precatórios, não seja feito ao traficante.
A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-major Carvalho no Brasil, que disse não poder se manifestar das decisões judiciais de Mato Grosso do Sul e do Paraná.
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Procura pela justiça brasileira, portuguesa e espanhola, Carvalho foi preso na Hungria em junho deste ano. Ele era apontado como um dos principais nomes no tráfico de cocaína para a Europa e já foi condenado a 13 anos pelo crime na Espanha.
Antes disso, viveu por anos no exterior sob a identidade de Paul Wouter. Além do nome falso, se ou por um grande investidor e chegou a comprar uma empresa imobiliária em Portugal para legalizar seus negócios no país.
Investigações da Polícia Federal apontaram que as empresas abertas por “Paul Wouter” foram usadas para lavar o dinheiro que ele ganhava com a venda de toneladas de cocaína nos países europeus. Até da pandemia o “Escobar brasileiro” fez um “mercado lucrativo” para o tráfico: investiu na compra de milhões de máscaras e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) da China e revendeu no Brasil.
Quando descoberto, chegou a forjar a própria morte com um atestado falso assinado por um médico de Málaga. Mas a farsa foi descoberta pela Polícia Federal brasileira e as autoridades espanholas comunicadas. A defesa dele, no entanto, sempre reforçou a morte de Carvalho e pediu até a extinção dos processos contra ele na justiça brasileira.