PM foragido por morte de advogado é investigado por integrar grupos de extermínio 1g3v4t

Heron já responde a quatro dos seis processos da Operação Simulacrum, que apura a atuação de um grupo de mais de 60 policiais militares suspeitos de 24 mortes em simulações de confrontos y1c2u

O sargento da Polícia Militar, Heron Teixeira Pena Vieira, investigado por contratar um caseiro para ass o advogado Renato Nery, que teve a prisão decretada pela Justiça, mas está foragido, já respondia a quatro dos seis processos da Operação Simulacrum, apurou a atuação de um grupo de mais de 60 policiais militares suspeitos de 24 mortes em simulações de confrontos, resultando na denúncia do Ministério Público.

O advogado Renato Nery, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), foi morto por sete disparos. (Foto: Reprodução)
O advogado Renato Nery, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), foi morto por sete disparos. (Foto: Reprodução)

Heron é um dos cinco policiais da Rotam investigados e alvos da Operação Office Crimes: A Outra Face, deflagrada na última quinta-feira (6). Além dele, os PMs Jorge Rodrigo Martins e Leandro Cardoso, também envolvidos no assassinato de Nery, figuram como réus em um dos casos da Simulacrum.

O Primeira Página entrou em contato com a defesa de Leandro, que informou que por se trata de procedimento sigiloso, não irá se manifestar mas afirma tem “total interesse no esclarecimento dos fatos” e que a versão dos policiais é de que não tiveram qualquer participação na morte do advogado.

A reportagem tenta localizar a defesa de Heron e Jorge Rodrigo.

Desdobramentos da operação e prisões preventivas 256g1l

Durante a operação, deflagrada pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), quatro policiais militares e um caseiro foram presos, enquanto Heron segue foragido.

A ação incluiu o cumprimento de 6 mandados de prisão além de duas buscas e apreensões em uma chácara no Bairro Capão Grande, em Várzea Grande. Os policiais presos na operação são:

  • Wailson Alessandro Medeiros Ramos
  • Wekcerlley Benevides de Oliveira
  • Leandro Cardoso
  • Jorge Rodrigo Martins

Os detidos aram por audiência de custódia no Fórum de Cuiabá nessa quinta-feira (6), e a Justiça determinou a manutenção de suas prisões preventivas por pelo menos 30 dias, enquanto as investigações avançam.

Os policiais detidos são representados pela Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, que divulgou nota informando estar prestando apoio jurídico aos envolvidos.

A entidade também disponibilizou um perito criminal para realizar uma análise independente da perícia feita na arma apreendida durante a operação.

Basta pesquisar o nome dos investigados Heron Teixeira, Jorge Rodrigo e Wailson Medeiros no sistema do Tribunal de Justiça de Mato Grosso para encontrar a extensa lista de processos criminais ligados a eles, mesmo tratando-se de agentes da segurança pública.

Entre os crimes incluem homicídio e tráfico de drogas.

Em 2021, Heron Teixeira aparece em inquérito ao lado do também investigado e PM, Jorge Rodrigo Martins em processo sobre a morte de Mayk Sanches Sabino, morto em um possível confronto policial em 2020.

Jorge Martins foi indiciado também pela morte de Ricardo Conceição da Silva, morto em 2023, no bairro Três Barras, em Cuiabá.

Wailson Alesandro Medeiros é um dos indiciados pela morte de Victor Lima Hipolito.

Investigação e Suspeitas 705q1g

O advogado Renato Nery, de 72 anos, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), foi morto por sete disparos na manhã de 6 de julho de 2024, ao chegar ao seu escritório, localizado na Avenida Fernando Correa da Costa, no bairro Areão, em Cuiabá.

Câmeras de segurança captaram o momento em que um homem, já à espera da vítima, efetuou os disparos e fugiu em uma motocicleta vermelha. Nery foi socorrido e ou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte.

Segundo a Polícia Civil, o caseiro teria sido o executor do homicídio, enquanto os policiais militares são suspeitos de integrar a organização criminosa responsável pelo assassinato.

As investigações da DHPP indicam que o crime pode estar relacionado a disputas por áreas de alto valor imobiliário em Mato Grosso.

Renato Nery era reconhecido por sua atuação em processos de regularização fundiária e litígios envolvendo propriedades, o que pode tê-lo tornado alvo de interesses econômicos.

Momento do crime. (Vídeo: Reprodução)

A operação deflagrada nesta quinta-feira marca uma nova etapa da apuração e, segundo a Polícia Civil, busca aprofundar o envolvimento dos suspeitos e esclarecer a motivação completa do crime.

O assassinato de Renato Nery teve grande repercussão nos meios jurídico e político de Mato Grosso. A OAB-MT cobrou rigor nas investigações e manifestou apoio à operação, enfatizando a necessidade de punição dos responsáveis.

A família da vítima também se engajou na busca por justiça, chegando a instalar outdoors em Cuiabá para exigir a prisão dos envolvidos e cobrar respostas das autoridades.

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