Pai de Sophia pede R$ 50 mil de indenização a pastor 3h1z2w

Local de acolhimento seria chamado "Casa Sophia", mas ideia não agradou 14163d

Jean Ocampo, pai da menina Sophia, e o companheiro Igor Andrade, ingressaram com ação contra o presidente da Sebe (Sociedade Evangélica Beneficente), pastor Wilton Acosta por uso indevido do nome da criança. Eles pedem indenização de R$ 50 mil.

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Igor Andrade e Jean Ocampo (Foto Jéssica Benitez)

O processo é fruto da polêmica causada pelo nome “Casa Sophia”, anunciado pela Prefeitura de Campo Grande em parceria com a Sebe, que seria utilizado para batizar um centro de acolhimento infantojuvenil.

Após o desgaste, o Executivo revogou termo que celebrava fomento financeiro para realização da Semana da Criança que tinha em sua programação o lançamento da “Casa Sophia”.

Para o casal, o nome da menina, morta em janeiro deste ano vítima de agressão física e sexual, está sendo usado objetivando “promoção pessoal, interferência religiosa e angariar recursos financeiros dos órgãos públicos e privados, a fim de minar a rede de proteção à criança e os adolescentes”.

O aporte da prefeitura para a realização do evento seria de R$ 40 mil. Os dois apontam, ainda, que o pastor tem ligação direta com as conselheiras tutelares da região Norte que atuaram no caso de Sophia.

Afirmam que as denúncias que fizeram não foram apuradas devidamente por serem um casal homoafetivo, indo de encontro ao conservadorismo religioso “que domina os Conselhos tutelares e a não aplicação da legislação de proteção à criança”.

Dizem que sequer foram consultados para o uso do nome da filha, portanto, além da indenização, solicitam que a Justiça proiba o pastor de citar “um caso extremamente grave que envolveu uma criança para promoção pessoal, interferência político religiosa e angariar recursos financeiros dos órgãos públicos”.

Procurado pela reportagem Wilton disse que não está a par do processo, mas que se desculpou com Jean por ter citado o nome da criança sem antes avisá-lo, “foi realmente um equívoco”.

Reiterou que não será utilizado “Casa Sophia”, contudo que a luta contra a violência contra crianças vem de antes da morte da menina, tanto que pautou as marchas para Jesus deste ano.

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“A sociedade como um todo tem que lutar contra isso, incluindo a igreja. Já nos desculpamos, agora ação é outra discussão. Vou esperar e ver os argumentos, mas acho que já perdeu o objeto, pois o nome de Sophia não será usado”.

A pequena foi morta em 26 de janeiro deste ano após série de agressões. O padrasto Christian Campoçano e a mãe Stephanie de Jesus estão presos desde então e devem ser julgados ainda este ano.

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Comentários (1) 3kf3p

  • Geovana

    Engraçado falar que a luta contra violência infantil a sociedade tem que lutar contra isso, se o próprio órgão de proteção não fez nada, não protegeu a pequena Shopia.
    E vamos continuar na luta

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