Operação contra predador da advocacia gera enxurrada de ações no TJMS 3v53y

Principais bancos do Brasil tentam anular indenizações pagas ou ações que ainda estão em tramitação 5s4r6g

O advogado sul-mato-grossense Luiz Fernando Cardoso Ramos, preso na Operação Arnaque, deflagrada em 5 de julho do ano ado, é alvo de enxurrada de ações e contestações dos maiores bancos do Brasil querendo reaver indenizações pagas em casos liderados pelo escritório dele.

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Luiz Fernando em frente ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (Foto: Redes Sociais)

No TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) constam exatas 546 citações da operação em ações ou contestações ingressadas de 6 de agosto de 2023 até 6 de fevereiro, esta terça-feira.

Isso porque a investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) que resultou na prisão e na perda do direito de advogar, ocorreu devido à chamada “advocacia predatória” que consiste em aliciar pessoas em vulnerabilidade para ingressar ações contra bancos e receber pequenas indenizações.

Dinheiro este que não é entregue aos clientes. Segundo os promotores, Luiz Fernando e advogados de sua família, como o irmão Thiago, também preso à época, os convenciam a procurações em branco, que mais tarde eram alteradas para dar pleno poder aos líderes do esquema.

Depois que as vítimas eram convencidas a os documentos, eram usadas como requerentes em ações de indenização contra um mesmo banco ou empresa de grande porte.

Os clientes, no entanto, sequer sabiam dos processos e quando a sentença era favorável os advogados não reavam os valores. A prática não se limitava a Mato Grosso do Sul, tanto que o fio da meada foi puxado pela Polícia Civil do Paraná.

Somente no estado vizinho, o advogado entrou com 38 mil ações entre os anos de 2016 e 2022. O trabalho, claro, não era feito por ele. Pessoas usavam sua senha e para fazê-lo.

Segundo estudo feito pela judiciário paranaense, seriam necessários nove anos de trabalho diário e ininterrupto para que, sozinho, ele chegasse a este número de ajuizamento. Para se ter ideia a cada 1h40 minutos uma nova ação assinada por Luiz Fernando entrava em alguma comarca paranaense.

Devido a investigação, ele ficou preso de julho ao fim de outubro ado e só foi solto após conseguir alvará de soltura.

Segundo apurado pela reportagem, atualmente o processo referente à Arnaque aguarda a apresentação de réplica (defesa) pelos últimos réus, para, então, ser designada audiência de instrução e julgamento. A audiência deverá ser iniciada com a inquirição das testemunhas do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) entre elas alguma das vítimas dos crimes cometidos pela organização criminosa.

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Comentários (2) 3f1c4k

  • Alípio

    Pois é, os golpes praticados pelos bancos, realizando contratos fraudulentos contra os aposentados, ninguém vai falar?

    Se não tivesse o golpe praticado pelos bancos contra os aposentados eles seriam Réus em centenas de processos?

    Não estou aqui a falar que o adv está certo, mas que o judiciário deve fazer algo contra os bancos, isso sim.

    Se tem dúvidas, é só entrar no reclame aqui que verás.

  • Alípio

    O único erro que eu acho que o adv cometeu foi não ter filtrado os processos, ou seja, apenas aquelas pessoas que foram realizados empréstimo consignado sem seu conhecimento.

    Eu tenho uma cliente que foram 08 (oito) contratos realizados sem seu consentimento.

    Para pararem ele teve que ir no INSS e bloquear seu F a fim de impedir novas contratações, um absurdo!!!

    E são milhares, é só filtrar os processos que foram constatados as falsificações das s, contratos inexistentes, contratos estes realizados na grande maioria por empresas terceirizadas, contratadas pelo próprio Banco.

    E a enxurrada de empréstimos consignados fraudulentos feitos em nomes dos índios do Mato Grosso, inclusive reconhecido pelo próprio Tribunal?

    Tratar o advogado como bandido acho que é um erro, sendo que na verdade quem começou cometendo os crimes (fraudando empréstimos consignados) foram os Bancos.

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