Nova audiência do Caso Sophia apura anos de tortura e maus-tratos 2u301s

Christian Campocano Leithem responde por agressão, enquanto Stephanie de Jesus, é acusada de omissão de socorro 4x1d3

A Justiça realiza nesta terça-feira (8) uma nova audiência referente ao Caso Sophia, que ganhou notoriedade em Campo Grande após a morte da menina de dois anos em 2020. Desta vez, o foco do julgamento será a denúncia por maus-tratos e tortura da menina anos antes do crime já julgado.

Primeiro dia do julgamento do caso Sophia
Stephanie de Jesus e Christian Campoçano, réus no julgamento do caso Sophia. (Foto: Adriano Fernandes)

O padrasto da criança, Christian Campoçano Leithem, responderá por agredir fisicamente a enteada, enquanto a mãe, Stephanie de Jesus, é acusada de omissão de socorro.

Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Christian submeteu Sophia a intenso sofrimento físico, com uso de violência como forma de castigo.

A denúncia indica que a menina deu entrada em uma unidade de saúde da Capital com uma fratura incompleta na tíbia esquerda, entre os dias 17 e 18 de novembro de 2020.

Na ocasião, a mãe afirmou que a filha havia caído no banheiro, mas a investigação apontou uma outra versão para o ferimento.

Durante o processo, foi colhido um depoimento especial do filho de Christian. À época com cerca de seis anos, ele relatou que viu o pai agredindo Sophia com chutes, como punição por ela ter deixado cair um brinquedo, “uma casinha grande”.

“Foi meu pai, meu pai que chutou ela pra rua, chutou ela duas vezes, aí deixou ela machucada”, declarou o menor em depoimento.

O pai biológico de Sophia, Jean Carlos Ocampo da Rosa, também prestou depoimento. Ele relatou que, na época dos fatos, ouviu da filha que a fratura havia sido causada por Christian.

Jean também afirmou ao Ministério Público que a menina demonstrava medo de voltar a conviver com a mãe e o padrasto, dando indícios de que era vítima de violência por parte de ambos.

Entre as testemunhas arroladas pelo MPMS para esta nova audiência estão Jean Carlos Ocampo da Rosa, a avó materna da vítima, um médico e o próprio filho do acusado, o menino, que já prestou depoimento em formato especial.

A audiência está prevista para ser realizada no Fórum de Campo Grande e deve esclarecer detalhes sobre as agressões que antecederam a morte da criança.

Condenações 705r10

Mãe e padrasto da menina Sophia, Stephanie de Jesus e Christian Campoçano Leithem foram condenados a 52 anos de prisão pela morte da criança, que à época tinha 2 anos e 7 meses de idade.

Christian foi condenado a 32 anos de reclusão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e contra menor de 14 anos, além de estupro de vulnerável. Do total, 20 anos são referentes ao homicídio e 12 ao estupro.

Já Stephanie foi condenada a 20 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e contra menor de 14 anos, além de homicídio doloso por omissão. O júri acolheu todas as teses apresentadas pelo Ministério Público e pela assistência de acusação.

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Sophia viveu por dois anos e sete meses ao lado da mãe e tinha uma irmã, hoje com quase três anos. A menina foi atendida mais de 30 vezes na mesma unidade de saúde que, em 26 de janeiro de 2021, recebeu seu corpo sem vida.

Os inúmeros problemas de saúde refletiam a rotina de violência a que Sophia era submetida por quem deveria protegê-la.

A morte da criança provocou grande comoção pública, especialmente por envolver falhas em órgãos de proteção como o Conselho Tutelar e a própria Justiça, que não conseguiram agir a tempo de evitar o desfecho trágico.

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