Mulher que confessou ter matado dois em MT se livra de audiência de custódia 5j4e3h
Bruna Felski, de 26 anos, confessou o crime à Polícia Civil. Ela se entregou e não vai ar por audiência de custódia. Caso aconteceu em Terra Nova do Norte. f6e21
Bruna Tatiane Evangelista Felski, de 26 anos, que confessou à Polícia Civil que atirou contra o irmão e o pai de uma suposta amante de seu marido, não vai ar por audiência de custódia. Ela foi ouvida no inquérito, mas não estava mais no período de flagrante. O crime ocorreu em Terra Nova do Norte, a 648 km de Cuiabá, no sábado (22).

Segundo a Justiça, a suspeita teve que ser solta pela autoridade policial, em decorrência do que diz o P (Código de Processo Penal).
O magistrado da comarca disse que, se for o caso, analisará eventual pedido de prisão cautelar da suspeita que pode ser feito por parte da Polícia Civil ou do MPE (Ministério Público Estadual).
Além disso, o juiz destacou que a partir das alterações realizadas na legislação processual penal pelo Pacote Anticrime, é expressamente vedado ao magistrado decretar a prisão cautelar da investigada de ofício, dependendo de pedido da Polícia Civil ou do Ministério Público.
O caso 4v2n2l
Segundo a acusada, ela conheceu o marido, Rodrigo, por rede social em 2021. O homem trabalhava em uma fazenda de Terra Nova e ela morava em Colíder. O casal já começou a morar junto na fazenda Talismã. Ela disse que eles sempre tiveram um bom relacionamento.
Ela já tinha um filho e o marido já tinha outros três filhos, antes de se juntarem. O casal descobriu a nova gravidez em abril deste ano e, segundo ela, era de risco. No entanto, ela percebeu o marido mais afastado e disse que não apresentava felicidade com o novo filho.
Em setembro, ela viu conversas do marido com uma mulher no celular enquanto ele dormia. Ela tomou satisfações do esposo quando ele acordou, mas ele negou o caso extraconjugal. Com a situação, Rodrigo ou ir morar com a mãe dele.
No dia do crime, ela foi até a casa onde morava a suposta amante, junto com seus pais. No depoimento, ela diz que estava “cega e desesperada”. Lá, ela começou a falar com a pai da mulher e, em seguida, apareceu a esposa dele. Todos estavam alterados emocionalmente, conforme o depoimento.
Segundo a versão de Bruna, após uma sequência de agressão verbal entre a parentes da amante, a suspeita foi até o carro do marido e pegou uma pistola. Ela teria efetuado os disparos contra o irmão e o pai da suposta amante após perceber que eles atacariam os pais dela.
De acordo com o delgado José Getúlio Daniel, a mulher não tinha curso de tiro e teria aprendido a manusear o objeto com o próprio marido.