Mulher com família enterrada em cemitério descoberto nega que local seja clandestino 2u6g5v

Após a divulgação de que um empresário recebeu de herança um terreno em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e depois descobriu se tratar de um cemitério abandonado, Elizabeth Nascimento, de 60 anos, vê com preocupação a possibilidade de que a prefeitura retire os corpos do lugar. Ela tem os avós, o pai e um irmão enterrados no local, que segundo ela é conhecido como “Cemitério da Guarita”.

Cemitério foi descoberto em Várzea Grande (Reprodução)

Segundo ela, nas décadas de 1960 e 1970, a região era dividida em duas partes. “As pessoas que morriam na parte de baixo eram enterradas neste cemitério da Guarita. Já o pessoal que morava na parte de cima era sepultado no Cemitério da agem da Conceição”, afirmou.

Elizabeth nega que o cemitério é clandestino.

“Nunca foi clandestino. As pessoas que faleciam eram veladas em casa e depois eram enterradas lá. Todos que foram criados na região sabem disso. Tanto é que ali existem os túmulos, com lápides”, explica.

Com o tempo, segundo ela, o local foi abandonado pelo poder público.

cemiterio guarita
No cemitério há 28 corpos enterrados. (Reprodução)

“O mato foi tomando conta e chegou uma época que a gente já não conseguia chegar lá para visitar nossos familiares porque ficou tudo tomado pelo mato”, diz ela.

Sobre a possibilidade de ter os corpos dos parentes retirados do local e diante da incerteza do destino que possam ter, Elizabeth diz que a família vai se reunir para decidir de que forma vão agir agora.

“Vamos conversar entre os irmãos e ver o que vamos fazer. Isso me deixou meio abalada, meio triste, porque não é clandestino. A gente tem a família da gente enterrada lá. Não sei se naquela época a prefeitura não sabia, não sei explicar”, diz Elizabeth, que segue em busca de informações.

O cemitério 3y1a1t

O empresário, que não teve o nome divulgado, entrou na Justiça para pedir a remoção dos corpos. A prefeitura de Várzea Grande já foi notificada e, informou, que não tem informação de quem construiu o cemitério.

“A prefeitura vai colocar uma faixa no local para que as famílias das pessoas enterradas entrem em contato”, afirmou o secretário de Comunicação, Marcos Lemos. O objetivo é encontrar os familiares antes da remoção dos corpos.

De acordo com o secretário, a prefeitura também deve registrar boletim de ocorrência nessa sexta-feira (28). A istração pública foi notificada no dia 19 de outubro.

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