MPF denuncia ex-secretário e lobista por tráfico internacional de drogas e organização criminosa 6b1s39
Denunciados devem continuar presos 2u5s3c
Um mês após a deflagração da Operação Descobrimento, o MPF (Ministério Público Federal) apresentou denúncia contra o ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Nilton Borgato, o lobista Rowles Magalhães, a doleira Nelma Kodama, e mais 13 pessoas por tráfico internacional de drogas, organização criminosa e remessa irregular de divisas ao exterior.

Se condenados, os réus poderão pegar mais de 60 anos de prisão, além de terem que devolver cerca de R$ 139,5 milhões, entre bloqueio de bens e danos morais coletivos.
A denúncia foi assinada pelos procuradores da República Auristela Oliveira Reis, Roberto D’Oliveira Vieira, Robert Rigobert Lucht e Carlos Vítor de Oliveira Pires.
Eles também solicitaram a manutenção das prisões de Rowles, Borgato, Nelma Kodama e demais presos na Operação Descobrimento, Ricardo Agostinho, Cláudio Rocha Júnior, Marcelo Mendonça de Lemos (Gordo), Marcelo Lucena da Silva, Marcos Paulo Barbosa Lopes (Papito) e Fernando de Souza Honorato, “para evitar delitos e por conveniência da instrução criminal”, diz trecho da denúncia oferecida no último dia 11 de maio.
Os denunciados estão presos desde o dia 19 de abril, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Descobrimento, com 43 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco.

A Operação 1o2p40
As investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína em um jato executivo, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi-aéreo, que tinha pousado no aeroporto internacional de Salvador para abastecimento. A droga estava na fuselagem da aeronave.
A partir daquela apreensão, a PF identificou uma organização criminosa atuante nos dois países. Nela, os mecânicos de aviação e auxiliares seriam responsáveis por abrirem a fuselagem das aeronaves para esconder a droga, os transportadores seriam os que conduziam os voos e o doleiros cuidariam da movimentação financeira.
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As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa. Entretanto, a Justiça brasileira também decretou medidas patrimoniais de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados.
No curso das investigações, a PF contou com a colaboração da DEA, a Agência Norte-americana de Combate às Drogas, da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária Portuguesa e do Ministério Público Federal.
Outro lado 1o5c4
O Primeira Página tenta localizar a defesa dos envolvidos.