Médico réu por assédio diz que está doente em SP e ganha liberdade 1x4u53

Salvador Arruda estava com prisão preventiva decretada desde outubro do ano ado por não aparecer para atos processuais e agora conseguiu revogar a ordem 664956

Depois de ficar mais de um ano sem dar notícia à Justiça de Mato Grosso do Sul e aparecer em cartaz de procura-se, o médico ginecologista Salvador Walter Lopes de Arruda, 69 anos, réu por assediar sexualmente pacientes, não é mais um foragido. Ele conseguiu revogar a prisão preventiva decretada em outubro do ano ado.

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Salvador Arruda em foto do registro de médico em São Paulo. (Foto: Reprodução do site do Cremesp)

Para isso, bastou informar novo endereço, em pedido de liberdade acatado pela juíza May Melke do Maral, da 4ª Vara Criminal em Campo Grande, conforme decisão disponibilizada nesta segunda-feira (29). Na petição da defesa, a informação prestada é de que o médico reside em edifício do bairro Campo Belo, em São Paulo. Arruda alega ter se mudado para tratar da saúde.



“Não existem elementos indicadores de que fugiu, tentou fugir ou pretende fazê-lo, mas para tratar de problemas de saúde”, escreveu o advogado Abadido Marques de Rezende na petição por liberdade.



Foi anexado um atestado de ida a um pronto-socorro, em março deste ano, no qual o médico responsável orienta o paciente a cinco dias de repouso, atestando “urgência hipertensiva”. O código de doença informado é o relativo a hipertensão.

Em abril deste ano, a Polícia Civil havia divulgado um cartaz de procura-se pelo médico, diante das tentativas infrutíferas de localizá-lo.

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Para a Justiça, porém, a defesa dele alega que deixou alguém responsável por dar informações em seu consultório médico, na rua Rio Grande do Sul, em Campo Grande, e diz que o oficial de Justiça só foi ao seu endereço residencial, na rua Bahia.

Sob essa alegação, Salvador tenta anular a citação por edital feita no processo sobre importunação sexual do qual é alvo, como resultado de investigações da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). As denúncias surgiram em 2020, depois de uma professora universitária denunciar o tratamento inadequado recebido durante uma consulta.

Sobre a invalidação da citação por edital, a juíza não avaliou. Respondeu que o pedido deve ser feito nos autos específicos.

Desde que Salvador começou a ser procurado, a reportagem do Primeira Página tenta contato com ele ou com seu advogado, mas nunca houve retorno. No prédio da rua Rio Grande do Sul, o aspecto encontrado pela reportagem foi de abandono, mas no pedido de liberdade foi anexado a declaração de uma secretária dizendo ter ficado responsável por receber recados.

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Agora, como o réu se apresentou, o processo vai ter andamento normal. Antes estava suspenso em razão do sumiço do acusado.

Salvador Arruda, ao se apresentar por meio do advogado, comprometeu-se a participar dos atos do processo. Ele mantém registro de médico em São Paulo e em Mato Grosso do Sul.

“Diante do comparecimento espontâneo do réu, informação do endereço onde pode ser encontrado e seu compromisso de participar dos atos processuais não subsistem os motivos para manutenção do decreto de prisão preventiva”, decidiu a juíza.

A magistrada determinou prazo de 10 dias para o réu apresentar a defesa prévia no processo por importunação sexual.

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