Médico é indiciado por estupro de vulnerável e outros 3 crimes sexuais n3d28
O inquérito contra Thiago Bitencourt foi concluído, mas a polícia não descarta a possibilidade de novas vítimas o2a2z
O médico e ex-vereador por Canarana, a 651 km de Cuiabá, Thiago Bitencourt (PL), que está preso, foi indiciado por estupro de vulnerável e outros crimes relacionados à pornografia infantil. A medida é resultado da conclusão do inquérito da Polícia Civil nessa segunda-feira (9).
Ao todo, o ex-parlamentar vai responder por quatro crimes: estupro de vulnerável, produção e armazenamento de material pornográfico com menores, divulgação de cenas de exploração sexual via WhatsApp, e posse de imagens de pornografia infantil.
O inquérito foi concluído com base em relatos de oito vítimas, bem como nas provas materiais apreendidas durante busca e apreensão na casa do médico. No entanto, a polícia não descarta a possibilidade de novas vítimas, que serão apuradas em procedimentos separados.
Neste sentido, o delegado responsável pela investigação, Flávio Leonardo Santana Silva, reforça que vítimas de crimes sexuais ou testemunhas que tenham informações sobre casos semelhantes podem procurar a Delegacia de Canarana ou qualquer unidade policial.
“A Polícia Civil prioriza o combate à violência sexual contra crianças e adolescentes, garantindo que todos os envolvidos sejam responsabilizados nos termos da lei”, frisou.
Como os crimes envolvem vítimas menores de idade, os detalhes do caso são mantidos sob sigilo judicial.
O caso
Thiago foi preso no dia 31 de maio, em uma operação da Polícia Civil, porque, segundo as investigações, se aproveitava do cargo e da posição que ocupada no município para cometer os abusos. Além de vereador, ele ainda atuava como médico em um Posto de Saúde da Família no município.
Investigação aponta ainda que ele se aproveitava de momentos de fragilidade das vítimas para exercer domínio psicológico, com manipulações que evoluíam para abusos sexuais e, em alguns casos, envolviam também as filhas das vítimas.
Em alguns casos, o médico cometeu os abusos no PSF onde ele atendia a população.
As vítimas identificadas até o momento são:
- Uma mulher de 29 anos e sua filha de 8 anos;
- Uma mãe e filha, com idades não divulgadas;
- Uma adolescente de 17 anos, descrita como mantida em situação de “escravidão sexual”;
- Uma adolescente de 15 anos, que teria sido abusada desde os 12 anos de idade;
- Uma criança de apenas 2 anos;
- Uma mulher de 36 anos.
