Maníaco do Parque ganha liberdade por arma, mas fica preso por estupro 24514b

A carabina com cinco munições foi encontrada em uma fazenda em Terenos; em depoimento, José Carlos negou ser responsável pela arma 1t1u16

José Carlos de Santana Júnior, o “Maníaco do Parque das Nações Indígenas”, ou por audiência de custódia, na manhã desta quarta-feira (4), e teve liberdade concedida pelo crime de porte de arma de fogo. Porém, como havia mandado de prisão preventiva em seu nome, por denúncias de estupro, ele permanecerá atrás das grades.

A arma que resultou em flagrante é uma carabina de pressão adulterada para disparo de munições .22. Ela foi encontrada na fazenda do pai de José Carlos, em Terenos, no momento em que a Polícia Civil cumpria mandado de prisão preventiva.

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Arma apreendida com José Carlos durante buscas na casa do pai dele (Foto: Processo)

O pai do suspeito acompanhou a equipe e confirmou que a arma era do filho, contou que ele havia levado a carabina para lá no dia anterior, mas não sabia desde quanto ele a tinha. Já José Carlos negou desde o começo ser o dono da carabina.

Quem julgou o flagrante por porte de arma foi o juiz Francisco Vieira de Andrade Neto. Ao analisar o caso, o juiz não encontrou indícios suficientes para manter a prisão pelo crime, mas diante das graves acusações contra ele, decidiu aplicar medidas cautelares específicas.

“A aplicação das medidas cautelares farei de modo muito particular considerando toda particularidade do caso, em especial, as características pessoais do custodiado, extremamente preocupantes, com histórico de prática de crimes sexuais intenso, já com algumas condenações transitadas em julgado e algumas penas já cumpridas, como sendo um homem, em nosso Estado, com um rótulo de modo geral, que causa, inegavelmente, um pânico social”.

Na lista de medidas, Francisco Vieira de Andrade Neto determinou o comparecimento ao CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), a participação ao Grupo Reflexivo – Dialogando Igualdades – por 16 semanas, o comparecimento mensal e presencial ao tribunal, além da comprovação de que está indo ao grupo.

Por fim, o juiz ainda mandou que o suspeito use tornozeleira eletrônica por 180 dias.

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A medidas cautelares contra José Carlos levam em consideração apenas o crime de porte de arma de fogo. Cada um dos crimes pelos quais ele responde são julgados de forma separada.

Denunciado por pelo menos cinco mulheres, o maníaco teve mandado de prisão preventiva expedido em seu nome no dia 30 de setembro. Por isso, ele permanecerá preso enquanto responde a processos.

Na legislação brasileira vigora a regra de que em casos do réu responder por mais de um crime, a pena maior “absorver” a menor. É justamente isso que vai acontecer com o Maníaco do Parque. Como ele ficará no regime fechado por força do mandado de prisão por estupro, o uso da tornozeleira eletrônica não será necessário.

José Carlos avisou chegou a avisar ao juiz que só pode ficar no Instituto Penal de Campo Grande. A informação foi reada a Agepen (Agência Estadual de istração do Sistema Penitenciário), que já providência a vaga para ele.

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José ficou conhecido como “Maníaco do Parque das Nações Indígenas” depois de atacar dez mulheres no Parque das Nações Indígenas. Em 2007 e foi preso e pelos crimes, condenado a 34 anos. Da pena cumpriu nove anos no regime fechado, cinco no semiaberto e aguardava o livramento condicional, mas antes mesmo disso, voltou a ser alvo da polícia.

No dia 22 de setembro uma das suas novas vítimas foi até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e revelou ter sido rendida em plena avenida Afonso Pena, arrastada para um carro e estuprada.

Imediatamente as equipes começaram as investigações. Foram para a região e conseguiram imagens de câmeras de segurança que mostravam o autor perseguindo a mulher. Em poucos dias, a delegacia especializada já tinha o nome de José Carlos como o homem das imagens.

A partir daí, uma nova fase da apuração foi começou: os policiais rastrearam entre os boletins de ocorrência registrados na unidade possíveis vítimas do homem. Elas foram chamadas e duas reconheceram o “maníaco” – uma vítima de estupro, outra de tentativa. No dia da prisão, uma quarta vítima foi identificada.

Com a divulgação do caso, uma quinta vítima procurou a polícia. Dessa vez, uma menina de 14 anos. O novo caso vai ser investigado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

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