"Escobar Brasileiro”, ex-PM de MS usou itens de combate à covid para lavar dinheiro do tráfico, diz PF 58701e

Irmã de ex-major da PM de MS ajudou a negociar materiais com a China 4r4u6o

Investigações da Polícia Federal apontam que Sérgio Roberto de Carvalho, ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, também conhecido como “Escobar Brasileiro”, se aproveitou da pandemia para lavar dinheiro. Itens como máscaras de proteção, testes para detecção da covid-19 e termômetros infravermelhos foram importados da China.  

Conforme reportagem publicada pelo colunista Josmar Jozino, do portal UOL, nesta quinta-feira (13), investigação apontou negociação entre empresas e pessoas ligadas ao narcotraficante para adquirir cerca de 10 milhões de máscaras, trazidas da Ásia Oriental.

Carvalho, ex-major da PM de MS (Foto: TV Globo/Reprodução)
Carvalho, ex-major da PM de MS (Foto: TV Globo/Reprodução)

Os itens de proteção chegaram ao Brasil no dia 11 de junho do ano ado, em um Boeing 747-400F, cargueiro de 400 toneladas. O avião pousou no aeroporto internacional de Florianópolis.  

Além de máscaras, a aeronave também trouxe diversos outros EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). As informações eram de que os produtos tinham sido adquiridos por um importador privado.  

Contudo, de acordo com a publicação, a Polícia Federal levantou que a importação havia sido feita por uma empresa investigada por suspeita de ligação com a organização criminosa liderada pelo ex-major.  

A irmã de Carvalho era uma das pessoas responsáveis por fazer contato com a fonte chinesa. Mensagens trocadas entre os irmãos, descobertas após a apreensão do celular de Lucimara de Carvalho, de 56 anos, indicam que o “Escobar Brasileiro” usou uma linha telefônica de Portugal para se comunicar com a irmã sobre uso de aeronaves, pagamentos de fretes marítimos para importação de roupas da China e realização de depósitos em dólares em contas bancárias chinesas. 

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Em uma das conversas, Carvalho solicitou que a irmã fizesse contato com uma mulher chamada “Kelly’, apelido que a polícia suspeita que seja de uma pessoa chinesa. Em outra mensagem, as duas negociam importação de milhares de equipamentos de testes para covid-19, máscaras de proteção e termômetros.  

Conversa do dia 2 de junho de 2020 confirma a negociação. Entre os dias 6 e 13 de junho, a irmã de major Carvalho e “Kelly”, continuam conversando. Em uma das mensagens, a decolagem do avião transportando os itens é confirmada.  

No celular de Lucimara foram encontradas fotos e vídeos dos produtos comprados e até mesmo da aeronave taxiando na pista do aeroporto, antes de levantar voo rumo ao Brasil.  

A Polícia Federal também encontrou prints e documentos judiciais armazenos no aparelho de telefone, sobre “uma ação contra o estado de São Paulo referente ao aparente cancelamento de uma nota de empenho de R$ 104,4 milhões para compra de 36 milhões de máscaras de proteção”. 

Para a polícia, o documento confirma que a organização tentou vender os materiais importados e adquiridos com dinheiro do tráfico internacional de drogas, para o Estado de São Paulo.  

Relatório obtido pela reportagem do colunista do UOL, não divulgado, afirma que a negociação não foi concluída por causa da rescisão do contrato pelo estado de São Paulo devido ao atraso na entrega dos produtos”.

Segundo o site, em contato com advogados de Lucimara, a reportagem foi informada por um funcionário do escritório que os dois responsáveis pela defesa da irmã de major Carvalho estão de férias, viajando, e pediram para não “serem importunados”.  

Major, o “Escobar brasileiro”  56x28

O apelido de Carvalho, muito conhecido na Europa, é referência ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar. Conforme a Polícia Federal, entre os anos de 2018 e 2019, major Carvalho movimentou cerca de R$ 2,25 bilhões exportando 45 toneladas de cocaína para diversos países. 

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