Mãe de Matheus, executado por engano, vai atuar na acusação dos réus 626u1z
Julgamento de três réus pela morte por engano de Matheus Coutinho Xavier está marcado para a semana que vem em Campo Grande 6tl23
A menos de uma semana do dia marcado para o julgamento de três réus pelo assassinato do filho, Matheus Coutinho Xavier, a mãe da vítima, a advogada Cristiane de Almeida Coutinho, pediu à 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande para atuar como assistente da acusação. A providência quebra um silêncio de quase quatro anos da mãe de Matheus sobre a tragédia familiar do dia 9 de abril de 2019.

No documento, protocolado no dia 11, nesta terça-feira, Cristiane explica que é advogada devidamente inscrita na OAB de Mato Grosso e pretende atuar em causa própria, por ser genitora da vítima.
Matheus foi morto numa emboscada cujo alvo era o pai dele, o ex-policial militar Paulo Roberto Teixeira Xavier, conforme a investigação da operação Omertà. Os mandantes do crime foram identificados como sendo Jamil Name, falecido em 2020, e o filho dele, Jamilzinho Name, preso desde setembro de 2019, quando a ofensiva foi às ruas para desmontar milícia armada.
Na próxima segunda-feira (17), depois de muitas idas e vindas judiciais, está marcado o júri de Jamilzinho, como mandante da execução que vitimou Matheus por um erro dos pistoleiros, de Marcelo Rios, ex-guarda metropolitano de Campo Grande, e do policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo. Contra os dois últimos homens, pesa a acusação de ter agido para concretização da emboscada, proporcionando a logística do crime sangue por encomenda.
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Vladenilson estava em Mossoró, no presídio federal da cidade nordestina, e foi transferido para Campo Grande no dia 6 de junho. Os outros dois réus seguem na prisão de segurança máxima, e vão ser transferidos a Mato Grosso do Sul em data ainda não informada, depois de conseguir na justiça o direito de estar presentes no julgamento.
Assistência de acusação 3n5s3m
É direito de toda família de vítima de assassinato constituir um assistente de acusação para atuar junto aos promotores. Com a habilitação da mãe de Matheus, para agir pela condenação dos acusados, serão cinco responsáveis por apresentar os argumentos pedindo a condenação dos réus.
Pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), estarão no plenário quatro promotores, dois que já atuam na 2ª Vara do Tribunal do Júri e outros dois do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), responsável pelas acusações da operação Omertà.
Foram reservados cinco dias para o julgamento, dada à complexidade do caso. Só de testemunhas são 17, entre elas quatro delegados que atuaram na força-tarefa que investiga homicídios atribuídos à milícia armada chefiada pela família Name.
O esquema de segurança vai ser reforçado e os jurados vão dormir em hotel, para ficar incomunicáveis.