Ledur será julgada por novo caso de maus-tratos 4c1p
Izadora Ledur já é condenada por maus-tratos cometidos contra o ex-aluno Rodrigo Claro, em 2016 e será julgada mais uma vez supostamente pelo mesmo crime e4n56
Izadora Ledur de Souza Dechamps, condenada por maus-tratos que resultaram na morte do ex-aluno Rodrigo Claro, de 21 anos, durante um treinamento de salvamento aquático do Corpo de Bombeiros, realizado na Lagoa Trevisan em 2016, em Cuiabá, será julgada mais uma vez, supostamente pelo mesmo crime, contra outro aluno, Maurício Júnior Santos.

Ela será julgada pelo Conselho de Sentença, formado por cinco juízes militares. A audiência será conduzida pelo juiz Marcos Faleiros, juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar.
O julgamento será no dia 18 de julho por meio de videoconferência.
O Primeira Página procurou a defesa da tenente Izadora Ledur, que disse que não vai se manifestar sobre a denúncia.
Acusação contra tenente 2wa4r
A denúncia foi assinada pelo promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Mota, no dia 21 de janeiro deste ano, e enviada à 11º Vara Criminal da Capital.
Segundo o documento, durante o treinamento realizado em 2016, a tenente Ledur teria submetido Maurício a intenso sofrimento físico e mental, como uma espécie de ‘castigo’ pessoal.
O aluno havia sido convocado para o curso ainda em 2015. Após alguns testes foi aprovado e ou a integrar o 15º Curso de Formação de Soldados do CBM.

Porém, Maurício apresentou visíveis dificuldades ao executar algumas atividades aquáticas. Com isso, a vítima já estava se sentindo pressionada e temerosa, já que Ledur era conhecida, afirma o MPE (Ministério Público Estadual), por “métodos reprováveis”.
Ainda conforme o ofício, no dia em que a tortura aconteceu os diversos treinamentos físicos começaram por volta das 7h da manhã, com a travessia da Lagoa Trevisan, ondes os testes eram realizados.
Após executar os exercícios preliminares, Maurício teve câimbras e foi auxiliado por outros alunos. Durante esse percurso, Ledur pediu que os demais alunos seguissem com o percurso e o deixasse para trás.
Depois de ser afogado diversas vezes e sem forças para sair da água, por ter engolido muito líquido, ele teria gritado por socorro, segurando nos braços da tenente. Ainda assim, de acordo com o MPE, foi repreendido: “Você está louco? Aluno encostando em oficial”.
Depois de vomitar muito e sentir dores de cabeça, o rapaz desmaiou novamente e precisou ser encaminhado à Policlínica do Coxipó para atendimento médico. O prontuário apontou que ele “foi submetido a esforço físico desgastante, sofreu desmaio, vômitos, 3 episódios, tremor e dor torácica”.
Diante da situação, o Ministério Público definiu por protocolar a denúncia contra a tenente, por meio das evidências apresentadas principalmente no prontuário médico.

Caso Rodrigo Claro 1w2dw
Rodrigo Claro morreu no dia 15 de novembro de 2016, cinco dias depois de ar mal em uma aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, na qual a tenente Izadora Ledur atuava como instrutora.
De acordo com a denúncia do MPE, Rodrigo demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios.
Segundo o órgão, depoimentos colhidos durante a investigação apontam que o ex-aluno foi submetido a intenso sofrimento físico e mental com uso de violência. A atitude, segundo o MPE, teria sido a forma utilizada pela tenente para punir o aluno pelo mal desempenho.
Durante a realização das aulas, Rodrigo queixou-se de dor de cabeça. Após a travessia a nado na lagoa, ele informou ao instrutor que não conseguiria terminar a aula.
Em seguida, segundo os bombeiros, ele foi liberado, retornou ao batalhão e se apresentou à coordenação do curso para relatar o problema de saúde.
O jovem foi encaminhado a uma unidade de saúde e sofreu convulsões, morrendo alguns dias depois.
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