Justiça prorroga prisão de mandantes do assassinato de Renato Nery 1661d
A decisão foi proferida pela juíza Edna Ederli Coutinho, e levou em consideração algumas declarações dadas por Julinere de forma informal. 2k3q2b
O Judiciário de Mato Grosso negou o pedido da defesa de liberdade do casal de empresários César Sechi e Julinere Goulart, e prorrogou a prisão temporária deles por mais 30 dias. Eles são suspeitos de serem os mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, em dezembro de 2023, em Cuiabá.
A decisão da juíza Edna Ederli Coutinho levou em consideração algumas declarações dadas por Julinere de maneira informal.
Na decisão, a magistrada reconhece que ambos ficaram em silêncio nos interrogatórios realizados durante as investigações, mas frisa que Julinere fez declarações espontâneas e informais relevantes.
Como exemplo, a juíza cita o fato de a empresária ter dito que César Sechi tinha raiva do advogado assassinado por causa de um conflito judicial por terras.

Julineri também confessou, no dia em que foi presa, que mandou o cabo da Polícia Militar, Jackson Pereira Barbosa, matar o advogado, pois o marido chegada todos os dias bêbado em casa dizendo que precisava matar o jurista.
Para negar a soltura e prorrogar a prisão, a magistrada ainda considerou as informações extraídas dos aparelho celulares dos supostos mandantes, que ou por quebra de sigilo, e o depoimento dos demais investigados.

Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart foram presos no dia 9 de maio, em Primavera do Leste. Eles são suspeitos de serem os mandantes do homicídio do advogado Renato Nery, por conta de um conflito de terras.
O casal foi preso após a confissão do Sargento da Polícia Militar, Heron Teixeira. O militar confessou que foi intermediário, isentou os militares da Rotam que foram presos durante a segunda fase da Operação Office Crimes, e entregou os mandantes do homicídio.

Extorsão
Na decisão, a juíza ainda destacou que Julinere revelou que vinha sendo extorquida pelo cabo Jackson, e ainda confirmou a existência de um bilhete de cobrando, no qual o policial cobrava o pagamento pelo crime.
Segundo as investigações, o bilhete foi escrito por Jackson e entregue a César Sechi por Heron.
Heron Teixeira confessou que foi intermediário no assassinato do advogado. Ele colaborou com as investigações e entregou todo o esquema adotado para o crime.
O sargento disse que foi cooptado pelo cabo Jackson, que é vizinho dos mandantes do homicídio em um condomínio de luxo em Primavera do Leste. Eles receberiam o valor de R$ 200 mil para matar o advogado. No entanto, o casal pagou apenas R$ 150 mil.
O valor foi reado aos policiais em espécie, em várias parcelas, mas não foi pago integralmente. Conforme o sargento, o casal deixou de rear R$ 50 mil.
Após aceitar participar da operação criminosa, Heron tratou de convencer o caseiro de sua chácara, Alex Roberto de Queiroz a executar o crime. A motivação do crime seria disputa de terra avaliada em R$ 200 milhões.
O crime
Renato Nery foi morto a tiros em julho de 2024, em frente ao seu escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá.
Ele chegou a ser socorrido com vida e encaminhado para um hospital particular de Cuiabá, mas morreu no dia seguinte, após ar por um procedimento cirúrgico.