Justiça mantém preso homem que matou companheira em Campo Grande 2v1a16
Claudineia foi a primeira vítima de feminicídio em 2023. No ano ado, 12 mulheres perderam a vida pelas mãos de companheiros na capital de MS 4b646h
A Justiça decidiu manter preso o homem que matou Claudineia Brito da Silva, de 49 anos, na sexta-feira (13), em Campo Grande. Hércules José Andrade, de 41 anos, viveu com a vítima por 17 anos e durante uma briga, em uma tarde de bebedeira, cortou o pescoço da companheira. Ele se entregou no dia do crime e agora ficará na cadeia até uma nova decisão judicial.

Quem confirmou a conversão do flagrante em prisão preventiva foi a delegada responsável pelo caso, Elaine Cristina Ishiki Benicasa, titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Segundo a delegada, os depoimentos de testemunhas e do próprio autor, são iguais. Hércules e Claudineia bebiam juntos, na casa em que moravam no Bairro São Francisco, quando ela teria dado um tapa na cara do companheiro. Ele reagiu. Pegou uma faca e ou no pescoço da companheira. “Revidou de forma totalmente desproporcional”, reforçou Benicasa.
Quando percebeu o que tinha feito, ele pediu ajuda ao primo e a tia – que moram no mesmo terreno que o casal, mas em outra casa – dizendo que “teria feito uma besteira”. As testemunhas também confirmaram que foi o assassino quem chamou o Corpo de Bombeiros para salvar a vítima e também a Polícia Militar.

Ele foi preso em flagrante e a Claudineia socorrida com vida, mas ela não resistiu. Hércules possui duas agens pela polícia por violência doméstica, crimes de vias de fato e de ameaça: o primeiro cometido contra uma ex-companheira e o segundo em 2018, quando já estava com a vítima.
Hoje, responde por homicídio qualificado. Além disso, familiares do preso revelaram a polícia que os dois eram alcoólatras e brigavam com frequência.
Leia mais n1u6n
Claudineia foi a primeira vítima de feminicídio em 2023. No ano ado, 12 mulheres perderam a vida pelas mãos de companheiros em Campo Grande. Em dez deles, os autores foram presos, os outros dois, terminaram com morte dos autores.
“A denúncia é de extrema importante, começamos janeiro infelizmente com esse dado negativo, mas a medida que a informação de toda forma é difundida em larga escala, as vítimas começam a se sentir fortalecidas, costumo dizer que informação é poder. E a partir do momento que elas tem a informação correta, sabendo que os autores estão sendo detidos, presos e condenados, acontece uma diminuição das ações por parte dos agressores e as vítimas procuram ajuda”, diz Benicasa.