Justiça dá mais 5 dias para prefeitura analisar documentos de implantação do BRT 2r3i6y

Caso contrário, Justiça vai atribuir provisoriamente aprovados os projetos técnicos apresentados pelo Estado de Mato Grosso, enquanto perdurar o descumprimento da decisão 304o4s

A Justiça entendeu que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, descumpriu a decisão que estabeleceu prazo de 5 dias para análise da documentação de implantação do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido).

Dos 22 km de trilhos previstos no projeto do VLT, 6 já estavam prontos, mas a obra nunca foi concluída. (Foto: Prefeitura de Cuiabá).
Dos 22 km de trilhos previstos no projeto do VLT, 6 já estavam prontos, mas a obra nunca foi concluída. (Foto: Prefeitura de Cuiabá).

O juiz Márcio Aparecido Guedes, da 2ª Vara Especializada da Fazenda Pública, determinou novo prazo de 5 dias para que haja a análise, caso contrário vai tomar uma medida mais eficaz: atribuir provisoriamente aprovados os projetos técnicos apresentados pelo Estado de Mato Grosso, enquanto perdurar o descumprimento da decisão.

Prefeitura de Cuiabá e Governo de Mato Grosso divergem quanto à implantação do novo modal de transportes da Região Metropolitana. O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) defende a continuidade do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), mas o governador Mauro Mendes (União) optou pela mudança no modal e a construção do BRT, que é um modal de ônibus.

O Governo do Estado disse à Justiça que havia protocolado em 13 de abril de 2022 um pedido de demolição dos trilhos localizados na Avenida Fernando Correa da Costa, bem como a análise dos documentos técnicos do BRT (Bus Rapid Transit) nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande. Entretanto, a Prefeitura de Cuiabá não respondeu ao protocolo.

Com a demora na análise, o Estado acionou a Justiça. O governo argumentou que o prazo de análise de processo istrativo é de 60 dias.

O magistrado entendeu que o Estado tem razão e determinou que a Prefeitura de Cuiabá faça análise dos documentos.

O VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) foi substituído pelo BRT pelo governo do Estado no ano ado. O modal era uma das obras para a Copa do Mundo de 2014, sediada na Capital. À época, o contrato VLT ficou em R$ 1,47 bilhão.

Da obra prevista para cobrir 22 km, com ligação entre Cuiabá e Várzea Grande, apenas 6 km foram concluídos. Desde então, os trechos ficaram abandonados pelas duas cidades.

De acordo com o governo, era inviável dar continuidade na obra após avaliação de estudos técnicos. A justificativa, ainda conforme o Executivo, considerou o modelo BRT por ser mais econômico para a finalização das obras, o que é questionado pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e pelo Idec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor).

De acordo com o consórcio que implantaria o VLT, em estimativa feita cinco anos atrás, seriam necessários mais R$ 922 milhões para terminar a obra.

Prejuízos 4xn3c

A retirada dos trilhos do VLT da região metropolitana de Cuiabá vai gerar um desperdício de R$ 89 milhões, segundo cálculo do consórcio responsável pela construção do modal.

O Governo de Mato Grosso decidiu substituir o VLT pelo BRT, mesmo após gasto de mais de R$ 1 bilhão com as obras. Dos 22 km de trilhos previstos no projeto, 6 já estavam prontos.

Agora, quase tudo isso, segundo o consórcio responsável pela obra, deve ser jogado fora. As obras do VLT eram para ter sido concluídas há oito anos.

Os 280 vagões, que transportariam 160 mil pessoas por dia vieram da Espanha e são avaliados em quase R$ 500 milhões, continuam no mesmo lugar, preservados pelo consórcio que implantaria o VLT.

A obra já custou R$ 1,066 bilhão e o consórcio, em uma estimativa feita a cinco anos atrás, calculava que precisaria de mais R$ 922 milhões para terminar.

O Governo do Estado rompeu istrativamente o contrato com o consórcio em 2017, na gestão do ex-governador Pedro Taques. O consórcio recorreu na Justiça e teve o recurso negado.

Em 2020, o atual governador Mauro Mendes decidiu fazer a substituição do modal, o VLT para o BRT, que era a escolha inicial do estado. Dessa vez, com ônibus elétricos, o governo diz que a mudança para o BRT está baseada em um estudo técnico.

Desapropriações 4z4q2f

Comerciantes da Avenida da Prainha e da FEB, em Cuiabá e Várzea Grande temem por novos prejuízos devido à implantação do ônibus de trânsito rápido (BRT). De acordo com os lojistas, eles não foram informados sobre o que será feito a partir da retirada dos trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

O VLT foi projetado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e foi marcado pela corrupção e entraves judiciais. A obra paralisada possui 22 quilômetros de extensão entre Cuiabá e Várzea Grande.

Em dezembro de 2014, as obras foram interrompidas. Em 2018, o governo do estado rompeu o contrato com o consórcio VLT e, depois, decidiu substituir o modal pelo BRT. Em dezembro do ano ado, o governo começou a retirar as estruturas que serviriam de e para o VLT em Várzea Grande.

O Consórcio BRT informou por meio de nota que as estruturas do VLT foram totalmente removidas e que agora é possível iniciar as obras de implantação do novo modal. Disse ainda que atividades preliminares, que não foram especificadas pela assessoria, devem começar em abril.

Segundo o Consórcio BRT, a licitação que originou o contrato com o estado possui ante projeto contemplando os dois municípios e, que em Várzea Grande, foram feitos levantamentos, mas o projeto não foi concluído.

A responsabilidade de fazer o projeto de desocupação de imóveis é do consórcio, segundo a empresa, mas que as negociações com os ocupantes devem ser feitas pelo contratante, ou seja, pelo governo do estado.

A Secretaria de Insfraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra-MT), disse que não há previsão de desapropriações para fazer o nivelamento da pista em Várzea Grande, mas que o projeto de desapropriações da obra toda ainda será finalizado.

FALE COM O PP 6s423v

Para falar com a redação do Primeira Página em Mato Grosso, clique aqui. Curta o nosso Facebook e siga a gente no Instagram.

Leia também em Justiça! 12t4d

  1. "Mãe" de bebê reborn: recepcionista processa empresa que negou licença-maternidade v244r

    Uma recepcionista de Salvador (BA), entrou na Justiça contra a empresa que...

  2. Ricker Maximiano de Moraes, um policial militar de 35 anos, é suspeito de matar esposa em Cuiabá. (Foto: Reprodução)

    Jogador de futebol teve carreira destruída após ser baleado por PM em Cuiabá, diz promotor 1z1r6x

  3. Juiz Ivan Lúcio Amarante, titular da 2ª Vara de Vila Rica, afastado desde outubro de 2024. (Foto: Reprodução)

    Casa da ex-mulher de juiz suspeito de venda de sentenças foi alvo da PF 3m5m57

  4. Ricker Maximiano de Moraes, um policial militar de 35 anos, é suspeito de matar esposa em Cuiabá. (Foto: Reprodução)

    PM preso suspeito de matar mulher tem júri por tentativa de homicídio adiado 3l1su

  5. esposa e bebê

    Justiça mantém preso homem que matou esposa e filha em Campo Grande 2s5x60

    Justiça converteu para preventiva a prisão de João Augusto Borges de Almeida,...

  6. Mulher morta por PM em MT seria testemunha em júri do acusado por tentativa de homicídio 27285v

    O promotor de Justiça Jacques de Barros Lopes pediu a prisão preventiva...