Juiz que deu voz de prisão à mãe em julgamento do filho morto pede apuração do caso 2q511v

Julgamento foi em setembro, mas trecho foi divulgado nesta semana nas redes sociais 46724o

O juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Wladymir Perri, que deu voz de prisão para uma mãe depois de se expressar contra o homem acusado de matar o filho dela assassinado, informou, por meio de assessoria jurídica, que ele mesmo pediu apuração do caso à Corregedoria-Geral da Justiça do TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) e ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça). 

Veja como foi a audiência. (Vídeo: Reprodução)

No pedido, o magistrado enviou as imagens da audiência aos superiores.  

A audiência foi realizada no dia 29 de setembro. O trecho da confusão envolvendo defesa, promotora, juiz e a mãe só foi divulgado nesta terça-feira (17) nas redes sociais. 

Quem participou da audiência foi a promotora Marcelle Rodrigues da Costa e Faria e, segundo ela, a confusão iniciou depois que a mãe foi perguntada se estava confortável em prestar depoimento diante do réu acusado de ter matado seu filho. 

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A promotora disse que fez a pergunta por acreditar que a mãe ficaria mais tranquila se retirassem o réu da sala de audiência. Entretanto, a mãe surpreendeu ao dizer que o acusado não era ninguém para ela. 

Em seguida, o advogado do réu interrompeu o julgamento e pediu respeito ao acusado. Depois, a magistrado ou a repreender a mãe. 

A promotora diz que o magistrado acabou exigindo um comportamento da mãe, sem ao menos, compreender o que ela estava ando. 

“Então, eu intervi novamente, dizendo que eu queria ouvi-la, mas novamente o juiz exigiu da mãe inteligência emocional. Novamente, pedi que a vítima pudesse contar a história dela, mas o magistrado não quis e encerrou a audiência”, narrou Marcelle. 

A promotora narra que ao final da audiência a mãe se levantou e jogou um copo de plástico que ela segurava. Olhou para o réu e disse: “da justiça dos homens você escapou, mas da justiça Deus não escapa”. 

Prisão surpresa  1r6z71

A surpresa veio na ata da audiência. O magistrado disse que a mulher teria jogado o copo e danificado o patrimônio público, quebrando o bebedouro. “Como um copo de plástico quebra um bebedouro?” questionou a promotora. 

Após a audiência, a mãe recebeu voz de prisão e só pôde sair do Fórum 4h depois e foi levada para a Delegacia, onde prestou depoimento e foi liberada. 

“O delegado não lavrou flagrante, pois concluiu que não havia provas. Ela não teve liberdade de expressão, não foi ouvida. Isso doeu no meu coração”, disse a promotora. 

A ata do julgamento só foi inserida no sistema às 20h. 

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Comentários (1) 3kf3p

  • AURIANA RAMOS PEREIRA DE GOUVEA

    Fato ocorrido no dia 29/9/23, vídeo liberado em 17/10/23. A pergunta que não quer calar, é: Quais providências foram tomadas pelo MP em favor da mãe, vitima de juizite, inversão de valores, arbitrariedade e falta de humanidade, por parte do magistrado?

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