Juiz determina que Estado forneça tratamento de R$ 200 mil a paciente com câncer no fígado 387020
Neide de Oliveira Barros, de 45 anos, não tem como custear o tratamento 162pe
A Justiça determinou que a SES-MT (Secretaria Estadual de Saúde) forneça, em até cinco dias, os remédios para o tratamento da massoterapeuta Neide de Oliveira Barros, de 45 anos, diagnosticada com um câncer agressivo no fígado. Ela não tem como custear o tratamento, orçado em R$ 200 mil, por três meses.
A decisão é do juiz José Lindote, da 1ª Vara de Fazenda Pública de Várzea Grande, e atendeu a um pedido da Defensoria Pública do Estado. Os medicamentos em questão são o atezolizumabe 1.200 mg e bevacizumabe 800mg.
A determinação é da tarde de quarta-feira (8) e estabelece que o remédio seja fornecido urgentemente, até a regressão da doença, segundo orientação médica.
O magistrado determinou ainda que, se for necessário o uso hospitalar do medicamento, que o tratamento seja feito prioritariamente no Hospital Geral de Cuiabá, Hospital do Câncer de Mato Grosso ou na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.
As unidades citadas por Lindote são habilitadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) como Cacon (Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia) e como Unacon (Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia).
A ação de obrigação de fazer, com pedido de liminar em benefício de Neide foi proposta pelo defensor público, Alberto Macedo, que atua no Núcleo de Iniciais, em Cuiabá.
A reportagem ainda aguarda resposta da SES-MT sobre o caso.
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A doença 6x1p2p
Servidora da Defensoria Pública e filha de Neide, Nazlla Ourives Silva explica que o diagnóstico da doença foi dado no dia 21 de maio, após a mãe apresentar fortes dores nas costas e na barriga.
“Desde o começo de maio ela sentia dores, até que um dia, não ando a intensidade, procurou um médico. E o diagnóstico foi de que, diante da fragilidade do órgão, não dá para operar, nem fazer quimioterapia, nem transplante. A medicação é para ela ter uma chance do tumor reduzir e então, fazer a cirurgia de retirada. Ela já tinha que estar tomando o remédio, a cada 21 dias. Mas, o SUS não o fornece”, explica.
Nazlla afirma que diante do susto da notícia, a família busca vender bens, fazer bingo e eventos para conseguir arrecadar valores para iniciar o mais rápido possível o tratamento da mãe.
“Meu pai já achou comprador para o seu carro, estamos pedindo doações e organizando eventos para, assim que alcançarmos os primeiros R$ 66 mil, comprar os remédios para ao menos um mês”, contou.
A família e os amigos de Neide estão organizando no dia 18 de junho, na comunidade de Cachoeirinha, município de Rosário Oeste, três eventos beneficentes para arrecadar valores: bingo, torneio de futebol e almoço com sorteio de brindes.
