Juiz contestado pelo Gaeco sai de ações contra sintonia dos gravatas o1a5o
Decisão do próprio magistrado vem pouco mais de 2 meses depois de conversa comprometedora com um réu da operação, que foi gravada 195f4z
O juiz Marcio Alexandre Wust, titular da 6ª Vara Criminal de Campo Grande, decidiu se retirar das ações da operação Courrier, contra a “sintonia dos gravatas”, núcleo de facção criminosa formado por advogados, conforme denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). Publicada nesta quarta-feira (12), a decisão vem pouco mais de dois meses depois de o magistrado manter conversa comprometedora com um réu da operação, o advogado Marco Antônio Arantes de Paiva, de São Paulo.

Gravada por dois promotores do Gaeco, diretamente de seus celulares, a conversa foi motivo de pedido de suspeição por parte dos promotores, primeiro ao próprio juiz, que se negou a rear o comando de três ações para o juiz substituto, como foi solicitado.
O teor da gravação foi tema de reportagem do Primeira Página.
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O Gaeco, então, recorreu ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), alegando que o comportamento do magistrado na conversa com o advogado, durante audiência, feria o princípio da imparcialidade para julgar os feitos. Não há decisão ainda em segundo grau, conforme apurou a reportagem.
“Hei por bem em me declarar suspeito por foro intimo na presente ação penal e nas ações penais 0956612-51.2022 e 0956616-88.2022”, escreveu o juiz, segundo trecho do despacho disponibilizado no Diário da Justiça, em uma das ações decorrentes da Courrier.
No Diário de terça-feira (11), em outro despacho, Wust se afirmou impedido de avaliar pedido da defesa do pivô de toda a operação, Bruno Ghizzi, advogado que usou senha de servidor do TJMS para consultar informações sigilosas de um delegado da Polícia Civil, responsável por investigações de assassinatos atribuídos à facção criminosa dominante nos presídios de Mato Grosso do Sul.
Todas as ações estão fechadas, por isso não foi possível obter detalhes dos despachos.