Jamil Name Filho tenta impedir uso de provas em júri 605h49
Intenção é invalidar conteúdo de escutas telefônicas feitas com autorização judicial 2w1pu
Um julgamento que ganha a marca de “júri da década” não justificaria esse status se não tiver manobra jurídica de última hora. Sem conseguir adiar o início das audiências pra julgar Jamil Name Filho e mais dois reus pela morte de Matheus Coutinho Xavier, a defesa foi ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) pra pedir anulação de escutas telefônicas da operação Omertà.

O pedido de liminar em habeas corpus foi protocolado na sexta-feira (14 de julho), descobriu a investigação jornalistica da equipe do Primeira Página.
Em síntese, a banca quer anular o conteúdo arrecadado com escutas telefônicas autorizadas depois da descoberta, no presídio federal de Mossoró, de anotações em um papel higiênico. Isso ocorreu em fevereiro de 2020 e deu a largada de uma nova investigação contra os implicados no caso.
Essas anotações, atribuídas ao preso Kauê Vitor, foram interpretadas pela operação Omertà como um plano de atentado a autoridades, costurado com recados ados de cela em cela na unidade prisional.
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Para os defensores de Jamil Name Filho, as escutas derivadas desse episódio foram ilegais. Eles consideram que o cliente sofre constrangimento ilegal.
Por isso, pedem que sejam desconsideradas, o que impediria o uso de parte das provas do Gaeco no júri de hoje.
A solicitação foi para a 1 Camara Criminal do TJMS e não havia sido apreciada até o fechamento desse texto.